1série: SHADOW

Série sul africana

Quando assisti o trailer da série sul africana Shadow pensei que veria mais uma versão do Justiceiro, só que filmada em Joanesbugo, mas me surpreendi com o desenrolar da história e os episódios cada vez mais empolgantes.  

Shadow é um ex-policial que sofre de analgesia congênita (doença rara que uma pessoa não pode sentir ou nunca sentiu dor física, muito estranho) e que além disso se culpa pela irmã ter ficado paraplégica (não ter grana para pagar o tratamento) e por não ter conseguido prender um assassino chamado Cyrus.
Shadow se torna detetive particular e, enquanto tem inúmeros problemas pessoais para resolver, toma a justiça em suas próprias mãos tentando ajudar amigos e quem mais se sentir desamparado.

Vale a pena abrir os horizontes para novas produções, que pode não chegar com a qualidade americana mas que demonstra potencial de melhorar cada vez mais. 8

1série: O GAMBITO DA RAINHA

A minissérie de sete episódios é viciante, muito pelo carisma da protagonista Beth Harmon (uma excelente atuação de Anya Josephine Marie Taylor-Joy) mas também pela curiosidade em descobrir um pouco mais sobre o jogo de xadrez e a dinâmica da narrativa. 

A pequena órfã de oito anos Beth é quieta e, ao que parece, nada notável. Isto é, até ela jogar sua primeira partida de xadrez e se tornar um prodígio. Seus sentidos ficam mais aguçados, seu pensamento mais claro e, pela primeira vez em sua vida, ela se sente totalmente no controle. Aos dezesseis anos, ela está competindo pelo campeonato U.S. Open. Mas, à medida que Beth aprimora suas habilidades no circuito profissional, as apostas ficam mais altas. Ela gosta do isolamento e se vicia em remédios. Apenas um objetivo faz Beth sentir medo: jogar com o grande Vasily Borgov, russo e melhor jogador do mundo. No decorrer da trama, ela experimenta relações com meninos e meninas e ambientada nos anos 60, torna mais fascinante. 

Uma série excelente que devemos torcer para que tenha a segunda temporada.  10

cinema: Greenland – Destruição Final

O filme Greenland virou Destruição Final – O Último Refúgio no Brasil e já vou avisando: é um bom filme e irá se divertir, algumas vezes tenso, mas não espere mais nada além disso. Tem boas cenas de ação e uma explicação coerente de como surgiu a destruição final e onde é o último refúgio.

Na trama, Gerard Butler é John Garrity, um homem que fará de tudo para salvar sua esposa (a brasileira Morena Baccarin) e seu filho do fim do mundo, que se aproxima com a chegada do cometa Clarke à Terra. Uma luta e corridas frenéticas pela sobrevivência em busca de um refúgio seguro.
Vale a diversão. 7

1série: PÁTRIA

Mais uma série fascinante da HBO: Pátria é a primeira série espanhola filmada pelo canal e originada do livro do mesmo nome do autor . O enredo acompanha duas famílias ao longo de décadas do conflito basco e dos ataques do grupo separatista ETA: Bittori (Elena Irureta) foi obrigada a deixar a vila em que cresceu após o marido, Txato (José Ramón Soroiz), ser assassinado na porta de casa pelo ETA. Na vila, permaneceram Miren (Ane Gabarain) – antiga amiga de Bittori que se radicalizou após o filho Joxe Mari (Jon Olivares) se filiar ao grupo –, seu marido, Joxian (Mikel Laskurain), e seus filhos Gorka (Loreto Mauleón) e Arantxa (Eneko Sagardoy). 

Os destinos das duas famílias se cruzarão novamente anos depois quando o grupo anuncia o fim da luta armada e Bittori decide retornar a Vila e esclarecer a morte do marido: quem realmente disparou contra ele? Joxe Mari é o principal suspeito, foi preso e cumpre pena na prisão, mas será que tem algo mais por trás. Bittori quer apenas a verdade.As duas ex-amigas precisarão encarar os erros do passado.

Elena Irureta e Eneko Sagardoy tem as melhores atuações, mas preste muita atenção na história e vida de Arantxa, comove e mostra que mesmo com limitações sempre há esperança para tudo.

É um retrato poderoso dos traumas de um país dividido pelo fanatismo. 9

1série: THE WALHALLA MURDERS

A produção é islandesa e já provoca um choque cultural. The Valhalla Murders mostra, em oito episódios, a caçada por um serial killer que assombra o país tão pacífico e com índices de criminalidade baixíssimos. O primeiro episódio é lento e até um pouco atípico. O sotaque e modo de agir causam estranheza. Mas, em seguida o espectador já está inteirado da trama. Tudo começa com um assassinato aparentemente aleatório. As peças se encaixam a partir de uma foto e os policiais fazem importantes conexões até chegarem a um internato infantil que funcionou na década de 80: Valhalla.

A polícia da Islândia é diferente da que estamos habituados a acompanhar: os agentes não usam armas. E em uma cena que é necessário, a policial Kata liga para a delegacia para saber a senha de um cofre no porta malas do carro. Só assim conseguiu acesso ao equipamento. 

A série é linear e parece fácil de descobrir quem é o assassino quando as cartas são postas na mesa. Mas, uma reviravolta muda o rumo da estória nos últimos episódios. A descoberta do verdadeiro assassino é surpreendente e arrisco dizer que ninguém adivinharia. 9

cinema: O Poderoso Chefão De Mario Puzo – Desfecho: A Morte De Michael Corleone

Particularmente, a trilogia O Poderoso Chefão é a melhor de todos os tempos. Nunca me empolguei tanto com um filme quanto esse. A união de Mario Puzo e Francis Coppola elevou este clássico a outro patamar. Agora a morte de Michael Corleone, na versão do diretor, finalmente chegará aos cinemas em dezembro e, promete, com novas cenas.

1série: MARVEL HELSTROM

Combinando ação, aventura, drama, fantasia, ficção e terror, a primeira temporada é bem empolgante. Originada de uma HQ da Marvel, Daimon Helstrom é filho de um demônio que se diz o Satanás e de uma humana, Victoria. Nesta primeira temporada é contada toda a história da família, inclusive foca bastante  também na sua irmã Ana e uma prévia para as próximas temporadas. Apesar de Daimon ter poderes demoníacos, nas HQ, ele lutou ao lados dos Defensores e Doutor Estranho, ou seja, muito material bom para o futuro. Se a Marvel vai seguir, saberemos nos próximos meses, nas a primeira temporada acaba bem legal.

A série foi desenvolvida por Paul Zbyszewski, chegou pelo canal HULU, e o ar sombrio permeia todos os episódios.  
Qualquer fã de gibis e, principalmente da Marvel, também precisa assistir  9.

1série: THE SISTER

Mentiras me interessam…

A minissérie em quatro episódios (do ótimo escritor Neil Cross e lançada pela HBO Portugal) parece previsível já no primeiro ato, mas a trama se desenrola de uma forma que o espectador muda de opinião a cada novo capítulo. O que parecia fácil, se torna complicado de tomar uma posição de quem está certo ou errado. Por outro lado, além das mentiras bem contadas e estruturadas por David (Russel Tovoy da série Quântico) é, me parece, a ingenuidade da policial Jackie, interpretada por Nina Toussaint-White (amiga da família e responsável pela investigação).  

O suspense psicológico mostra Nathan sendo surpreendido por alguém do passado que pensava que nunca mais veria, Bob. Somente ele e Bob, sabem o que realmente aconteceu na pior noite da vida de Nathan e decidiram que isso estaria enterrado para sempre: em uma festa que levou à morte repentina e chocante de uma garota que somente eles sabem dos detalhes. Mas o retorno de Bob mexe com as memórias e nervos de Nathan e fica pior ainda quando Bob vê as fotos do casamento de Nathan. Além deles, Jackie é peça importante da trama.

O que é verdade, o que é mentira e até onde iria para manter este segredo?
8

 

1clássico: David Bowie – “Heroes”

David Bowie, também conhecido como “Camaleão do Rock” pela capacidade de sempre renovar sua imagem, faleceu em 2016 deixando uma porrada de grandes músicas como: “Fame”, “Changes”, “Space Oddity”, “Ashes to Ashes”, “Starman”, “Life on Mars?”, “Rebel, Rebel” e “Lets Dance”. Mas o meu clássico é “Heroes”, apesar de não ter feito sucesso quando foi lançada, depois estourou e sempre figura nas listas de melhores canções de todos os tempos. Também é uma das músicas de Bowie que teve mais regravações de outros artistas. Para alguns talvez não seja a melhor música do David Bowie, mas com certeza é um clássico mundial.

Escrita por Bowie e Brian Eno, foi gravado no álbum Heroes de 1977, é inspirada em um beijo entre Tony Visconti (produtor da música) e sua namorada nas proximidades do Muro de Berlim. Eu acho que a melhor versão para este clássico foi gravada pela banda Motorhead, mas a versão da banda Wallflowers também é bem legal.

(… Just for one day / We can be heroes / We’re nothing, and nothing will help us / Maybe we’re lying / Then you better not stay / But we could be safer, just for one day).

(… Apenas por um dia / Nós podemos ser heróis / Não somos nada, e nada nos ajudará / Talvez estejamos mentindo / Então, é melhor você não dizer / Mas nós podemos estar seguros, apenas por um dia).

1série: WHEN THE DUST SETTLES

“Når støvet har lagt sig” é o nome original da série dinamarquesa, ambientada em

Copenhague, que pode ser traduzida como “Quando a Poeira Baixar”. É espetacular e brutal. Espetacular pela história que une oito personagens após um ataque terrorista a um restaurante da Capital, todas as histórias vão se entrelaçar. Brutal porque mostra a discriminação social, o que está por traz da política e a que nível os governantes podem levar uma situação deste tipo. A série não tem um ritmo frenético, mas calmamente as peças vão se encaixando e tem um ótimo desfecho. 

Choca, mas também demonstra esperança aos olhos de uma menina de dez anos. 

Uma das melhores série do ano: 10