1clipe: Tem Amor – “Deu Ruim”

Eu descobri a banda Tem Amor no clipe em parceria com O Teatro Mágico e gostei D+: um rock indie nacional de qualidade e com boas letras. “Deu Ruim” é baita música, com refrão esperto: “O nosso amor é como o pobre e o dinheiro / O nosso amor é como o sonho e o pesadelo / Não adianta crença, fé ou amuleto / Eu sou Montecchio e você Capuleto”.

Que venha muitas outras músicas como esta.

1clipe: Tem Amor e O Teatro Mágico – “Lupa”

Parceria da banda Tem Amor e O Teatro Mágico, a música “Lupa” explode em um refrão pegajoso neste belo clipe: “Quero você comigo até quando a vida quiser.

1clipe: O Teatro Mágico – Laço

Mais uma ótima música da banda O Teatro Mágico do novo álbum Luzente: “Laço”.

1trailer: filme Eduardo e Mônica

Uma das melhores músicas da melhor banda brasileira de rock de todos os tempos virou filme: Eduardo e Mônica. Pelo trailer tem muitas coisas legais que é demonstrado na música, mas será que vai emplacar? Para os Legionários, com certeza, mas e para o público em geral?
Vamos aguardar e ver.

1clássico: Titãs – “Homem Primata”

segunda melhor banda do rock nacional de todos os tempos, lançou o excelente melhor álbum de rock nacional de todos os tempos – Cabeça Dinossauro – em 1986 e o meu clássico é a música “Homem Primata”. A banda lançou o primeiro álbum em 84 (Titãs) e o segundo em 85 (Televisão) com pouco sucesso, mas músicas bem legais como: “Sonífera Ilha”,  “Go Back”, “Marvin”, “insensível”, “Televisão” e “Não Vou me Adaptar”, mas foi em 1986 com o lançamento de Cabeça Dinossauro que a banda foi alavancada ao sucesso sem precedentes. Com oito integrantes, a banda tinha um amplo repertório e boas composições criadas por todos os integrantes e isso foi derramado neste álbum: Paulo Miklos, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Branco Mello, Tony Bellotto, Marcelo Fromer, Sérgio Brito e Charles Gavin, todos tiveram parte nas composições do álbum. Essa interação e a fúria colocada em algumas canções, elevou o nível da banda que emplacou vários hits do álbum, como: “Polícia”, “AA UU”, “Igreja”, Tô Cansado”, “Bichos Escrotos”, “Família” e “O Quê”. Cantada por Sérgio Brito, “Homem Primata” fala da relação do homem com o trabalho e que independente da época (dos primórdios até a atualidade) fazemos a mesma coisa: trabalho como uma necessidade para sobreviver, criando e destruindo com a mesma facilidade, nas florestas e nas grandes cidades. Uma música atemporal que demonstra, ainda nos dias de hoje, a necessidade de conscientização humana, com versos como: “Desde os primórdios / Até hoje em dia / O homem ainda faz /  O que o macaco fazia / Eu não trabalhava / Eu não sabia / Que o homem criava / E também destruía” ou “Eu aprendi / A vida é um jogo / Cada um por si /
E Deus contra todos / Você vai morrer / E não vai pro céu / É bom aprender / A vida é cruel”.
 E com o refrão pegajoso: “Ô-ô-ô / Homem primata / Capitalismo selvagem”.

Enfim, um grande clássico de uma das melhores bandas do rock nacional. 

1clipe: “Vou Ter Que Me Virar” – Fresno

A banda gaúcha Fresno lança novo álbum e clipe: será que vem mais emocore por aí?

25 anos sem Renato Russo

11 de outubro de 1996, a morte de Renato Russo choca e põe fim a maior banda de rock do Brasil de todos os tempos, a Legião Urbana. Mesmo não tendo alcançado muito sucesso fora do país, o importante foi o legado que Renato Russo e a banda deixaram. E quando lançou trabalhos solo Renato Russo não decepcionou, com grandes performances. Controverso, polêmico, mas acima de tudo um grande compositor. Lançou 8 discos de estúdio com a banda Legião Urbana e 3 em carreira solo, e todos com grande sucesso. Mesmo após 25 anos de sua morte, o legado continua vivo em belas canções que fizeram e fazem a história do rock brasileiro.

O primeiro álbum da banda, Legião Urbana, explode com os hinos “Será” e “Geração Coca Cola” mas é no petardo “Baader-Meinhof Blues” em que Renato canta: “Já estou cheio de me sentir vazio / Meu corpo é quente e estou sentindo frio / Todo mundo sabe e ninguém quer mais saber / Afinal, amar ao próximo é tão démodé”. E cravou o nome no rock num ótimo álbum, com muitas letras agressivas e ao mesmo tempo belas.

O estrondoso sucesso do álbum DOIS, mostra que Renato e a banda continuam no pique e entregam o melhor álbum do ano, seguido de hits atrás de hits: “Tempo Perdido”, “Eduardo e Mônica”, “Índios” e “Quase sem Querer” foram exaustivamente tocadas nas rádios. Mas é em “Fábrica” o verso que mostra a banda ainda envolta nas questões sociais do país: “Nosso dia vai chegar / Teremos nossa vez / Não é pedir demais / Quero justiça / Quero trabalhar em paz / Não é muito o que lhe peço / Eu quero o trabalho honesto /Em vez de escravidão”.

Quando chega o terceiro álbum, Que País é Este?, já está estourado nas rádios. E até a improvável música de quase 10’ emplacou, “Faroeste Caboclo” virou hino e filme. “Depois do Começo”, “Eu Sei”, “Angra dos Reis” e “Mais do Mesmo” também emplacaram, mas “Que País é Este?” é ainda atual onde Renato detona: “Nas favelas, no Senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a Constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação”.

As Quatro Estações vende quase 2 milhões de cópias e mostra a força da banda, todas as faixas foram tocadas e o maior sucesso foi “Pais e Filhos” uma grande balada e sua bissexualidade é exposta em “Meninos e “Meninas”. Mas foram em músicas como “1965 (Duas Tribos)”, “Sete Cidades”, “Monte Castelo” e “Há Tempos” que as letras ficam mais pesadas.

Com o album V, definitivamente as letras se tornam mais sombrias é o que pode-se notar em “A Ordem dos Templários” uma música instrumental e “A Montanha Mágica”. Mas as melhores são “Sereníssima”, “O Teatro dos Vampiros”, “O Mundo Anda Tão Complicado” e “Vento no Litoral” que emplacam nas rádios de todo o país. Em “Metal Contra as Nuvens” Renato canta: “Não sou escravo de ninguém / Ninguém, senhor do meu domínio / Sei o que devo defender”.

O Descobrimento do Brasil lançado em 1993 vende quase 1 milhão de cópias e traz uma porção de boas músicas: “Vinte e Nove”, “O Descobrimento do Brasil”, “Os Barcos”, “Os Anjos”, “Só Por Hoje”, “Vamos Fazer um Filme” e “Um Dia Perfeito”. Mas é em “Giz” que Renato demonstra a suavidade numa bela balada e “Perfeição” que mostra toda a indignação com o sistema: “Vamos celebrar a estupidez humana / A estupidez de todas as nações / O meu país e sua corja de assassinos / Covardes, estupradores e ladrões”. Em “Love in the Afternoon” o poeta já previa: “É tão estranho, os bons morrem jovens / Assim parece ser quando me lembro de você / Que acabou indo embora, cedo demais”.

O álbum A Tempestade é lançado já com Renato Russo debilitado e traz músicas pesadas, mas vende mais de 1,1 milhão de cópias. Traz uma parceria com Marisa Monte em “Soul Parsifal”. E outras como: “Natália”, “L’avventura”, “Leila” e “Música de Trabalho”. Mas são em músicas como “A Via Láctea” que Renato já expressa a sua dor: “Hoje a tristeza não é passageira / Hoje fiquei com febre a tarde inteira / E quando chegar a noite / Cada estrela parecerá uma lágrima”. Ou em “Dezesseis” que conta a trágica história de João Alberto e o coração despedaçado.

O último álbum da banda foi lançado em 1997, Uma Outra Estação, com sobras de vários álbuns. Músicas antigas como “Dado Viciado” e “Marcianos Invadem a Terra” foram lançadas, mas é nas depressivas “As Flores do Mal”, “Antes das Seis”, “Le Maison Dieu” e “Clarisse” que as letras ficam pesadas, ainda que algumas mantenham a crítica social.

Enquanto que os álbuns solos elevavam a sua performance interpretativa, cantou em inglês e italiano, de Leonard Cohen a Madonna, passando por Tanita Tikaram, Bob Dylan , Nick Drake e Laura Pausini.

Enfim, 25 anos anos de uma grande falta que ainda poderia continuar sendo a voz de uma geração, o sopro de uma revolução e a saudade de uma legião.

Dia Mundial do Rock

O estilo de música que tem um dia mundial para ser comemorado, é claro que estamos falando do Rock and Roll. Então o resto é o resto, porque hoje é o Dia Mundial do Rock.

Surgiu nos Estados Unidos, no final da década de 40 início de 50 e foi popularizado por Elvis Presley, considerado por muitos como “o Rei do Rock”, (claro que nem todos concordam com isso). Nos anos 60 bandas como Beatles, Rolling Stones, The Doors e Pink Floyd surgiram e foi neste período que surgiu o famoso lema: “Sexo, drogas e Rock’n’Roll”. Nos anos 70 a agressividade das guitarras explodiu e junto a bandas como Ramones, Iggy Pop & The Stooges, Sex Pistols, Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, KISS, The Cure, Aerosmith, Iron Maiden e Judas Priest e o pop rock do U2, Echo and the Bunnymen e a melancolia do Joy Division. A chegada do grunge nos anos 80 com ótimas bandas como Nirvana, Pearl Jam, Mudhoney, Soundgarden, Stone Temple Pilot e Alice in Chains fez o estilo popularizar rapidamente, mas também foi o auge de bandas como The Smiths, REM, Faith no More e Guns N’Roses. Nos anos 90 as bandas começam a ganhar mais popularidade e a lotar estádios, bandas como U2 (que em 1987 lançou um dos melhores álbuns do mundo de todos os tempos “The Joshua Tree”), Foo Fighters (liderado por David Grol após o término do Nirvana), Red Hot Chili Peppers, Pixies, Radiohead, Dream Theater e Green Day foram implacáveis e empilharam sucessos. Final dos anos 90 e início dos anos 2000, muitas bandas surgiram, mas poucas vingaram. Algumas emplacaram apenas um hit, enquanto que outras continuam na ativa com grande sucesso, a maioria surgida do cenário Indie rock: Nickelback, System os a Down, The Strokes, Travis, Coldplay, White Stripes, Imagine Dragons, Weezer, Muse, Wolfmother, uma safra nem tão boa quanto as outras mas com muita qualidade. No cenário brasileiro: Sepultura e Angra foram as bandas que ganharam o mundo, mas Legião Urbana, Capital Inicial, Titãs, Engenheiros do Havaí, Biquini Cavadão, O Rappa, Camisa de Vênus, Secos e Molhados, Plebe Rude, Mutantes, Bixo da Seda, RPM, Barão Vermelho, Inocentes, Raimundos, Cólera, Ratos de Porão, Replicantes, Nenhum de Nós, Ultraje a Rigor, DeFalla e vários outros elevaram o nome do ROCK BR. Legião Urbana é a banda que, mesmo após a morte do líder Renato Russo, ainda toca e mantem as letras parecendo atuais mesmo escritas a mais de 30 anos.

13 de Julho – Dia Mundial do Rock

Dez músicas gringas essenciais para gostar de Rock:
We Will Rock You — Queen
Enter Sandman — Metallica
Back in Black – AC/DC
Born to be Wild – Steppenwolf
Rock and Roll – Led Zeppelin
Light My Fire – The Doors
Smoke on tge Water – Deep Purple
Heroes – David Bowie
Sultans Of Swing – Dire Straits
Another Brick In The Wall — Pink Floyd

Dez músicas nacionais essenciais para gostar de Rock:
Legião Urbana – Tempo Perdido
Titãs – Polícia
Nação Zumbi – Maracatu Atômico
Raul Seixas – Metamorfose Ambulante
Barão Vermelho – Pro Dia Nascer Feliz
O Rappa – Minha Alma
Os Paralamas do Sucesso – Vital e Sua Moto
Plebe Rude – Até Quando Esperar
Engenheiros do Havaii – Infinita Highway
Camisa de Vênus – Eu Não Matei Joana D´arc

LED ZEPPELIN
TITÃS

2020vocêOUVIU: principais CDs Nacionais

Filanos – Maral: a banda cearense lançou o melhor álbum de 2020 e foi uma bela descoberta. Vá direto em “Vai Saber”, “Fotos”, “Somos tão Fortes” e “O Vento”. Wry – Noites Infinitas: uma das bandas mais legais da cena indie do rock nacional trouxe músicas como “Tumulto Barulho e Confusão”, “Absoluta Incerteza” e “I Can Change”. Mahmundi – Mundo Novo: a banda é Marcela Vale e com uma voz ponderosa traz canções leves como “Sem Medo”, “Vai” e a pérola “Nova TV”. Vivendo do Ócio – Vivendo do Ócio: a banda é uma das melhores do novo BRock, crave em “Ce Pode” com refrão pegajoso, “O Amor Passa no Teste”, “O Agora” e “Muito”. Cícero – Cosmo: a delicadeza das músicas de Cícero embala este novo álbum em canções como: “Falso Azul”. Frejat – Ao Redor do Precipício: é um disco confortável do ex-Barão Vermelho e não espere muitas novidades, mas as boas letras estão em “Te Amei Ali” e “Cartas e Versos”. Balla e os Cristais – Jogo do Bicho: “Andam Dizendo” é um petardo e mostra o bom rock da banda carioca. “Fala, Quer Invadir” e releituras de “Comportamento Geral” de Gonzaguinha e “Zé do Caroço” de Leci Brandão. Vanessa Krongold  – Singular: o pop rock da vocalista da banda Ludov contagia com melodias fáceis e pegajosas, já de cara “À Queima Roupa” mostra isso e  que também pode ser ouvido em “Dois a Dois”, “Paciência” e a melhor “Concreto”. Ira! – Ira: nada mudou no Ira, é o mesmo rock de sempre e mostra que a banda está viva. Um dos dinossauros do rock brasileiro entrega em bom disco em faixas como: “O Amor Também faz Errar”, “Chuto Pedras e Assobio”, “O Homem Cordial Morreu” e “Efeito Dominó”. Fernanda Takai – Será Que Você Vai Acreditar: o pop com pitadas de mpb embala o novo álbum da Fernanda Takai (vocalista do Pato Fu), prova disso é “Não Esqueça”, a suavidade no cover de Michael Jackson “One Day in Your Life” e a divertida “Love Song”. Pedro Bala e os Holofotes – Pedro Bala e os Holofotes: até que enfim uma banda de rock que tem o que falar sem papas na língua. A banda mineira lançou um ótimo álbum, especial atenção para: “Não vá se Ferrar por Aí”, “Bongadance”, “Quebra Amar”e “Coisas”.

Enfim, algumas dicas que você deveria ter ouvido em 2020 e vai se surpreender. Vale a pena garimpar na web.

1clássico: Tempo Perdido – Legião Urbana

O meu primeiro clássico nacional é da banda que eu julgo ser a melhor de todos os tempos: LEGIÃO URBANA. É claro que muitos não concordam, mas o fato é que a Legião mudou o cenário do rock brasileiro: letras poderosas atraiam cada vez mais admiradores e músicas que pareciam não ter apelo radiofônico estouravam em todo o país. E criou-se uma religião em torno da banda e principalmente em Renato Russo. A triste morte de Renato acendeu mais ainda a devoção pela banda e que ainda tem muitos seguidores nos dias de hoje, muitas das músicas e letras são atuais, mesmo que escritas na década de 80. Quem nunca participou de uma festinha ou luau em praia que saca o violão e todos cantam “Pais e Filhos”, “Eduardo e Mônica”, “Faroeste Caboclo”, entre outras?

E é por isso que escrevo que é a melhor banda de rock nacional de todos os tempos e meu primeiro clássico é a música “Tempo Perdido”.

Lançada em 1986, no disco DOIS, traz uma reflexão sobre a passagem do tempo, rápido demais e que muitas vezes desperdiçamos este tempo com bobagens.

“Todos os dias quando acordo / Não tenho mais o tempo que passou / Mas tenho muito tempo: Temos todo o tempo do mundo.”

Não adianta chorar pelo que passou, somos capazes de controlar o nosso tempo e melhorar a cada dia.