Crítica: 🎞️ “O Protetor 3: Capítulo Final” finaliza a trilogia de forma brilhante

Título original: “The Equalizer 3: Final Chapter” 
Ano: 2023
País: Estados Unidos
Direção: Antoine Fuqua

Com um roteiro bem construído e direção de Antoine Fuqua, Capítulo Final nos brinda com belas paisagens da Itália e o carisma de Denzel Washington, sendo este o melhor filme da franquia.

Robert McCall (Denzel Washington), desmantela uma quadrilha num vilarejo na Italia e mata todos, sem piedade. Mas ele é ferido por um menino, é encontrado desacordado no meio da estrada por um policial e levado para uma pacata cidade no sul da Itália. 😔 O policial que o socorre, leva-o até o médico do vilarejo e não registra nenhum boletim, assim tem início o último capítulo e a saga de redenção de McCall. E ele está ainda mais feroz e sem compaixão com os bandidos.

No vilarejo, enquanto se recupera dos ferimentos ele cria amizades com alguns moradores: o policial que o achou, o médico que o tratou, o dono de uma peixaria e a dona de um café, todos personagens simpáticos que geram empatia. E logo ele descobre que é o lugar onde quer se aposentar, é o lugar que o acolheu e que sempre protegerá e isso tem um preço. Neste período de recuperação também descobre que o chefão de uma máfia oprime, agride, rouba e mata seus novos vizinhos, e ele, claro, não vai deixar isso barato. Apesar de todo esse cenário, McCall ainda se apoia numa bengala, então não tem grandes perseguições ou cenas de ação, mas sim muita improvisação nas mortes. O Protetor, com seu olhar cansado, torna o filme ainda mais interessante: numa das cenas, ele faz um vilão urinar de dor com apenas um golpe certeiro enquanto as mortes são rápidas e ferozes. 

Dakota Fanning, atriz que já trabalhou com o Denzel em Chamas da Vingança, participa do filme como uma agente do FBI e seu envolvimento em uma caçada contra a máfia criam uma trama emaranhada e claro que seus destinos se cruzam, mas tudo é explicado no final. Particularmente, achei desnecessário, somente a história de aposentadoria e redenção de McCall já valeria o filme, mas acredito que o diretor fez isso mais como uma maneira de homenagear Denzel e Dakota pelos vinte anos do filme Chamas da Vingança

O diretor entrega um ótimo filme, não vai concorrer ao Oscar, mas com certeza tem muita ação e diversão e finaliza a trilogia com chave de ouro.  8️⃣

Crítica: 🎞️ “As Ladras” com protagonismo feminino filme de ação é uma ótima diversão

Título original: “Voleuses” 
Ano: 2023
País: França
Direção: Mélanie Laurent

Mélanie Laurent é diretora e também protagonista do filme que mistura ação e comédia, totalmente comandada por personagens femininos e é extremamente divertido. A curiosidade aqui: o filme é uma adaptação das HQs de Jérôme Mulot, Florent Ruppert e Bastien Vives, lançadas no Brasil como pela editora Pipoca e Nanquim, e de grande sucesso na França.

Na trama, Carole (Mélanie Laurent) e Alex (Adèle Exarchopoulos) são duas amigas que vivem uma longa carreira no crime e o início do filme já é eletrizante, com as duas praticando um roubo nos Alpes Suíços, com muita ação e humor. E por mais que ambas estejam no meio de tiros, porradas e bombas, Alex resolve discutir a relação com um ex-namorado no telefone, ao invés de auxiliar Carole em uma fuga. Após essa aventura, Carole descobre que está grávida e resolve se aposentar, ter a criança e viver em paz. Ela não comenta com ninguém sobre a gravidez, mas terá um grande problema em realizar o seu plano porque Marraine (Isabelle Adjani), avó de Carole e sua empregadora, não quer liberar seu mais valioso recurso e ainda solicita mais um último trabalho: roubar uma pintura famosa chamada La Grande Odalisque. O que deveria ser uma tarefa relativamente tranquila se transforma em uma situação caótica, com convidados inesperados interferindo no assalto. Para este último trabalho, elas recrutam Sam (Manon Bresch), eximia piloto de carros que, de cara, já cria rixa com Alex: o trio está formado e entregam boas atuações com personagens carismáticos e algumas cenas engraçadas.

Outro ponto alto do filme é a vingança de Alex: o desejo de Alex de se vingar dos assassinos que mataram seu coelho de estimação é elaborado e executado um plano que lava de sangue uma praça deserta na Itália, onde Carole e Sam dançam para Clarence e seu bando de assassinos, enquanto Alex mata todos e saem triunfantes. Uma grande cena.

Assim, na cena final de As Ladras é revelado que Carole está viva, mas de alguma forma, precisou forjar sua morte para proteger seu bebê e Alex. Com isso, é mostrado que as três mulheres conseguiram se libertar da vida de crimes e encontrar um novo recomeço.

A diversão é garantida, com muita ação e violência distribuído por 3 mulheres poderosas. 8️⃣

Crítica: 🎬 “Sky Rojo”, série é encerrada com chave de ouro

Título original: “Sky Rojo”
Ano: 2023
País: Espanha
Direção: Ben A. Williams
Canal: Netflix

Vingança, traição e sangue tem de monte no desfecho final da ótima série da Netflix, mas ficou um sentimento de “porque fizeram isso com ela?”, mesmo assim a série espanhola “Sky Rojo” termina de forma sensata.

A expectativa era grande para a terceira e última temporada porque eu tinha achado a segunda temporada um pouco fraca, mas eles se superaram e entregaram um ótimo desfecho, isso não quer dizer que eu concordei com tudo. 😀 Os oito episódios foram tão intensos, gratificantes e que passaram muito rápido, as meninas Coral e Wendy tiveram finais esperados, mas, mesmo com altos e baixos em toda a trama, o final de Gina foi inexplicável e difícil de engolir. Acredito que mesmo avaliando a trama e a história traçada para ela, poderia ser melhor e tinha outras boas opções.

Enquanto as garotas, no início da temporada, tentavam levar uma vida normal, Romeu e Moisés só queriam vingança e encontraram em Darwin um psicopata sem escrúpulos que fazia qualquer coisa para matar e matar com diversão e requintes de crueldade (como a cena em que ele mata um entregador de comida com a cabeça presa no microondas). Aí tem uma mostra do que o cara é capaz. Mas isso trouxe algo legal para a trama, criou-se uma rivalidade Darwin x Moisés bem atrativa e que mesmo entre os bandidos, você vai torcer pra um deles.

Romeu é outro sádico e intempestivo, com lampejos de lucidez e outros de loucura, enfim morreu mas não como merecia, tinha que sofrer mais. Por tudo que aconteceu nas três temporadas, ainda me pareceu um final injusto pelo desfecho criado para Gina: além de grávida, encontrou um parceiro ideal que a amava independente de toda a sua história e ambos morrem deixando o filho para Wendy, Coral e Greta criar.

O ponto final: a série é ótima, com muita aventura, ação e amor, tudo se esclarece, mesmo você querendo que algumas coisas não aconteçam e até torcendo para uma nova temporada. 9️⃣

Crítica: 💿 “Quatro Cantos de um Mundo Redondo” de Humberto Gessinger

O eterno “dono” da banda Engenheiros do Havaii está chegando aos 60 anos e lança novo álbum com 10 músicas sendo 7 inéditas. regrava “A.E.I.O.U” de Bebeto Alves, “Começa Tudo Outra Vez” com Roberta Campos e “A Noite Inteira” que foi gravada por Serguei nos anos 90. São vários os bons momentos, como em “Vaga Semelhança” que cairia muito bem se fosse cantada pela antiga banda: “Se a conta não fechar / Antes de fechar o bar / Concordo em discordar / Das nossas lembranças”. “Espanto” também brinca com versos como: “Vida que segue, segue o jogo / Nos quatro cantos / De um mundo redondo e frágil”.

Mas os melhores momentos estão em “Começa Tudo Outra Vez”, parceria com Roberta Campos (Quando olho pra você / Seus olhos tem tanto a me dizer / Espera aí, te busco no portão / Te levo pela mão / Me abrace, por favor) e na inédita “Um Brinde” (Um brinde / À tudo de ruim / Que ficou pra trás).

Se você espera algo de novo não terá, pois é o velho e bom Humberto Gessinger mantendo boas músicas mesmo quando o rock brasileiro não nos traz novidades. 8️⃣

Crítica: 🎬 “Depois da Cabana” série alemã é intensa e tem final surpreendente

Título original:  “Liebes Kind”
Ano: 2023
País: Alemanha 
Direção: Ben A. Williams
Canal: Netflix

Cheia de suspense, a série é ferozmente atraente e te prende desde o primeiro episódio, por vezes irritante mas amarra muito bem todas as pontas e com final eletrizante, eu fiquei completamente envolvido pela trama cheia de suspense e reviravoltas. Os personagens são cativantes, e a forma como a história se desenrola mantém você grudado na tela do início ao fim. Vale ressaltar que a série é baseada no livro da ótima escritora alemã Romy Hausmann, “Dear Child”. Se você leu sabe o que te espera, mas se você não leu, se prepare para ficar fissurado na série, então vamos ao enredo:

A historia inicia em uma cabana sem janelas na floresta onde a vida de Lena (Kim Riedle) e de seus dois filhos, Hanna (Naila Schuberth) e Jonathan (Sammy Schrein) segue as regras do seu sequestrador, o pai: as refeições, as idas ao banheiro, os horários de estudo são rigorosamente programados e observados meticulosamente. Ele protege sua família dos perigos que espreitam no mundo exterior e garante que seus filhos sempre terão uma mãe para cuidar deles. Mas Lena está totalmente traumatizada e o espectador já pode se perguntar se ela é quem diz ser. Um dia Lena consegue fugir e os segredos começam a vir a tona. O “pai” (Christian Beermann) e sequestrador quer trazer Lena novamente para seu convívio e começa a monitorar sua vida, inclusive com câmeras que monitoram o apartamento de Lena em tempo real. Enquanto a polícia e a família de Lena estão tentando desesperadamente montar um quebra-cabeça que parece não se encaixar.

Bem construída, a história em alguns momentos dá a atender que Hanna, a filha, é uma pequena maquiavélica e psicopata com compulsões obsessivas e por vezes chega a ser arrepiante você imaginar o que deve passar na cabeça daquela criança. 🙄

Temos a visão dos pais de Lena, que sofrem a mais de uma década com o desaparecimento da única filha e tentam, da melhor forma possível, entender o que aconteceu e como administrar a novidade de ter uma neta e da filha ainda estar viva. O policial Gerd Buhling (Hans Low) é quem dá notícia ao casal, pois era o encarregado do caso de desaparecimento de Lena Beck. Gerd é a ligação entre os pais e a policial responsável pelo caso atual, Aida Kurt (Haley Louise Jones). A visão das vítimas do sequestro ganham caminhos diferentes, uma das crianças que vive sobre o conceito de regras rígidas impostas pela autoridade que ela conhece como “pai” e uma outra que não consegue encontrar o equilíbrio após todo o trauma que sofreu. Kim Riedle, é Lena ou Jasmin? A resposta é bem construída, mas acima de tudo a mente dela trabalha muito bem num ótimo plano de fuga e de vingança lentamente e sem pressa para ser executado. A cada novo episódio novas peças se encontram formando uma enorme teia de situações que levam as verdades sobre tudo o que aconteceu e também as marcas perceptíveis e não perceptíveis de um eterno pesadelo. 😺

Depois de assistir a série temos uma clara noção sobre o abuso psicológico e suas consequências. Jogamos nosso olhar mais detalhado para o estresse pós-traumático na visão de algumas pessoas, principalmente uma jovem que tem seu destino completamente alterado quando fica meses em um cativeiro tendo que viver na pele de outra pessoa. As diversas óticas para todos os acontecimentos que se sucedem no presente dão dinamismo à narrativa elevando o nível da produção alemã e destacando sua boa trama, trazendo um desfecho cheio de reviravoltas, atuações marcantes e atmosfera sombria. Enfim, o que realmente acontece no final é surpreendente.

Aproveite, você não vai se arrepender. 9️⃣

Explicando o final: Jasmin elabora um plano minucioso, junto com a “pequena psicopata” Hannah e depois de fugirem tudo é executado brilhantemente: a forma que Jasmin mata “o pai” é, digamos, exuberante. Eu não imaginava um desfecho tão maravilhoso quanto este, afinal, aqui se faz aqui se paga. 🤗

Crítica: 🎞️ “Som da Liberdade” é o melhor drama do ano, se você esquecer todas as polêmicas

Título original: Sound of Freedom 
Ano: 2023
País: Estados Unidos
Direção: Alejandro Monteverde 

Se prepare para muita emoção, pois é o melhor filme que você vai assistir este ano, uma ótima história e com, possivelmente, um ator que será indicado ao próximo Oscar: Jim Caviezel.

O tema do filme não é somente atual mas há muitos anos a sociedade, políticos e governos parecem fechar os olhos para tanta violência contra as crianças e não querem se envolver e gastar tanto dinheiro. Também, nos dias de hoje, é um tema pouco explorado em grandes franquias cinematográficas, mas aqui acaba abrindo portas para discussões a respeito de uma dura realidade mundial: a pedofilia e o tráfico de crianças na América Central e do Norte, expanda um pouco mais e verá que temos isso em todo o mundo, seja formador deste tráfico quanto receptor destas crianças. Acima de tudo você deve esquecerei a polêmica de direita ou esquerda americana e tudo o mais que está permeando o filme e se concentre no história, entendendo, como funciona este submundo do crime específico e suas consequências mundiais. É uma dura e amarga realidade mundial. 😔

O filme, baseado em fatos reais, retrata a dura missão de um agente americano em tentar acabar com o tráfico sexual infantil e também encontrar as crianças exploradas. A saga do agente especial do governo dos Estados Unidos, Tim Ballard (Jim Caviezel) tem início quando ele resgata o pequeno Miguel (Lucas Ávila) e o menino pede ao agente que encontre também a sua irmã, Rocío (Cristal Aparício), com uma ótima atuação. Mas para tentar chegar a menina, Tim esbarra na burocracia que enfrenta como funcionário do Estado, cansado ele se demite para tentar resgatar a menina por conta própria. Tim entra no complexo submundo do trafico de criança para tentar encontrar Rocio, mas se abala quando começa a ver a dura realidade que abrange a operação: crianças de seis anos sequestradas e vendidas diariamente e várias vezes no mesmo dia e muitas sem conexão ou informação, são usadas para exploração sexual e trabalho escravo movimentando bilhões de dólares. A esposa de Tim, Katherine Ballard (Mira Sorvino) apoia o marido na sua decisão, mesmo sabendo dos perigos e riscos que ele vai encontrar na sua jornada. O foco é resgatar Rocio, mas ele vai conseguir fazer muito mais até porque Tim Ballard não vai fechar os olhos para o que o encontra a sua frente. Poucas pessoas estão prestes a ajudar, mesmo com dinheiro, mas o submundo gira em torno de dinheiro e o filme revela uma cascata jorrando sem fim.

A dura realidade explorado neste drama, traz pouca ação e muita emoção, em cenas cruciais que são bem desenvolvidas e que botam o espectador, em alguns momentos, até para chorar. Detalha como funciona todo o esquema que movimenta mais de $ 150 bilhões no mundo 👀, tendo os EUA como os maiores consumidores de sexo infantil e como rastrear o dinheiro das operações chegando, algumas vezes tentando chegar, nos grandes responsáveis. Claro que opiniões vão se dividir, por exemplo, quando digo que Jim Caviezel deverá ser indicado ao Oscar 2024, deve acontecer porque poucos filmes neste ano tem uma história tão emotiva, mas vão comparar a atuação dele com a do filme “A Paixão de Cristo”, mesmo assim eu acredito na indicação. 🤨

Você não vai se decepcionar e vai acompanhar uma incansável batalha para trazer um pedacinho da verdade a tona, num mundo tão doentio em que os “filhos de Deus não estão à venda“, mas que muitos acham que podem sair impunes de tanta violência. 9️⃣

Crítica: 🎬 “A Última Coisa que Ele me Falou” é mais uma ótima produção da Apple TV+

Série: “A Última Cois que Ele me Falou”
Lançamento: 2023
Canal: Apple TV+

A série começou cheia de fôlego e me prendeu logo nos primeiros episódios, com a sucessão de fatos acontecendo o tempo todo e todas as suas descobertas fazendo a gente querer devorar os episódios rapidamente.

Baseada no livro da escritora Laura Dave, já nos leva ao ponto sobre como a escritora consegue surpreender o leitor com reviravoltas impactantes e instigantes. Apesar de ser um drama familiar tem muito suspense que nos prende e empolga, narrando a história de Hannah (Jennifer Garner), uma mulher que procura a verdade sobre o desaparecimento do marido. Antes de sumir do mapa, Owen Michaels (Nikolaj Coster-Waldau) deixa uma mensagem para a esposa: “proteja a minha filha”. Quando era criança, Bailey (Angourie Rice) perdeu a mãe em uma tragédia, e agora, aos dezesseis anos, a jovem não quer nem saber de sua madrasta. Depois que Owen desaparece e seu chefe é preso pelo FBI, Hannah percebe que talvez o marido não fosse quem ele dizia ser. Bailey pode ter alguma informação sobre a verdadeira identidade do pai e a chave para desvendar o mistério ao redor do sumiço. Hannah e Bailey se unem para encontrar Owen e descobrir a verdade. No entanto, ao passo que juntam as peças do quebra-cabeças, elas percebem que estão construindo um futuro que não imaginavam. 😄

Na verdade, desde o início, a série cria uma expectativa de reviravolta no espectador: sobre com quem podemos contar na hora que a vida nos surpreende e consegue entregar de maneira inteligente uma trama bem desenvolvida e sem deixar pontas soltas. Por isso gostei da construção proposta na trama e focando apenas nisso, assim não tendo espaço para tramas paralelas. O foco é na investigação da protagonista sobre a vida do marido e os rumos que isso vai tomando. Portanto, as coisas são bem objetivas e diretas, mas tomando um rumo interessante e inesperado até a última cena.

É uma história bem desenvolvida, bons diálogos, uma protagonista bem construída e uma narrativa objetiva, com ação, suspense, fraude, máfia, crime e uma história de família e amor. Esta é a combinação que faz a série “A Última Coisa que Ele me Falou” ser ótima e chamar atenção. 8️⃣

Crítica: 🎞️ “Besouro Azul” surpreende, mas não tira a DC do “buraco” de filmes ruins

Algumas vezes você vai a uma estreia sem grandes expectativas e isso pode pode ser saudável: como não gerou expectativa, o que vier é lucro. Pensando por este prisma, o novo filme da DC, Besouro Azul, é uma grata surpresa. E tem alguns acertos que James Gunn (o novo bam bam bam da DC) pode observar para as próximas produções. 

O elenco, tirando Susan Sarandon, não é multi estrelado, mas não decepciona e entrega o que foi prometido: Xolo Maridueña, mexicano e personagem principal, nãocai na mesmice de outros heróis que querem surfar na onda das gracinhas de Deadpool entregando um personagem carismático. Bruna Marquezine, achei que seria apenas uma figurante, mas segura bem as pontas e sai por cima com uma boa atuação na sua estreia em uma grande produção. Em contrapartida as melhores atuações são do tio Rudy (George Lopez) e a surpreendente avó Nana (Adriana Barraza), que são de onde vem as cenas mais engraçadas e seguram bem as piadas e trejeitos.

O diretor Angel Manuel Soto entrega um Besouro Azul com elementos futuristas mesclado com a  cultura latina e não se sai mal, mesmo assim senti falta de mais cenas de ação e pancadaria. O roteiro também é interessante e Gareth Dunnet-Alcocer (só conheci ele por conta do filme Miss Bala) explora bem as referências latinas e todo o drama da Família Reyes. Em resumo, muitos vão dizer que é o mesmo filme de heróis de sempre e vão gerar comparações com “Shazam!” e “The Flash”, mas esqueça isso, pois “Besouro Azul” é muito melhor, mas não apaga as últimas más produções da DC.

Crítica:📚 “A Biblioteca da Meia-Noite” de Matt Haig surpreende e cativa

“A Biblioteca da Meia-Noite” é uma obra literária intrigante e cativante, escrita pelo renomado autor Matt Haig.
Este romance habilmente tecido mergulha os leitores em uma jornada emocional através de temas como perda, solidão e a busca pelo sentido da vida. O enredo gira em torno de Nora, uma mulher que enfrenta uma crise existencial após passar por uma série de eventos traumáticos. A protagonista, em um momento de desespero, encontra-se em um lugar mágico e misterioso: A Biblioteca da Meia-Noite. Este local extraordinário transcende o tempo e o espaço, permitindo a Nora explorar vidas paralelas e possibilidades alternativas.
Haig tece sua narrativa com uma prosa elegante e reflexiva, envolvendo os leitores em uma teia de realidades alternativas e questionamentos profundos sobre identidade e escolhas. A ambientação da Biblioteca da Meia-Noite é ricamente detalhada, fazendo com que o leitor se sinta imerso nesse mundo fantástico e ao mesmo tempo íntimo.

O desenvolvimento dos personagens é outro ponto forte da obra: Nora passa por uma transformação emocional marcante à medida que navega pelas diferentes vidas que poderia ter levado. Suas interações com outros habitantes da Biblioteca, cada um com sua própria história e dilemas, acrescentam camadas à complexidade da trama. Embora o livro seja uma exploração profunda das emoções humanas, também apresenta momentos de humor e esperança. Haig equilibra habilmente os elementos mais sombrios com toques de otimismo, criando uma experiência de leitura envolvente e variada. No entanto, algumas partes da narrativa podem se arrastar um pouco, e em certos momentos, a complexidade das realidades alternativas pode confundir o leitor. Além disso, embora o desfecho seja satisfatório, algumas pontas soltas poderiam ter sido amarradas com mais firmeza.

Para finalizar, “A Biblioteca da Meia-Noite” é uma obra que desafia as convenções literárias ao explorar temas profundos por meio de uma premissa original e imaginativa. Matt Haig oferece aos leitores uma reflexão perspicaz sobre a vida, a morte e as escolhas que moldam nossos destinos.

Crítica: 🍽️ Restaurante Paparoto Cucica traz toda a criatividade da chef Dayse Paparoto em pratos saborosos

Campeã do Master Chef Profissionais e consultora do restaurante Carat, Dayse Paparoto agora pilota as panelas do seu próprio restaurante e é muito legal ver toda a criatividade da chef em seu próprio espaço, pra mim uma das melhores do Brasil. O Paparoto Cucina está no complexo JK Shopping. Além da comida italiana, Dayse contempla os clientes com um ambiente bem descontraído e aconchegante, com pratos instagramáveis, ou seja, prontos para fotos nas redes sociais, bonitos e muito saborosos. Mas vamos a comilança. 

O couvert da casa, é caro por pessoa, mas compensa com o ótimo pão “oncinha” e o ragu de linguiça e, se tiver com muita fome, não pode faltar. Claro que muitos vão falar que a Burrata em Crosta Crocante com Pesto é a melhor, que realmente é ótima, mas prefira o Ravioli de Gema, taí uma entrada que rouba a cena e é deliciosa, assim como a Salada com Figo Fresco, perfeita e saborosa. Se preferir todas as entradas, vai faltar espaço para as outras experiências.

Você pode ficar em dúvida quanto ao prato principal, mas como estávamos em três pessoas escolhemos e dividimos as sugestões: Filetto Grelhado Envolto em Massa Crocante, chama atenção na maciez e o tempero na medida certa, mas a massa crocante é apenas figuração. Enquanto o Rotolone à Bolognesa Especial da Chef é delicado e gostoso, a Costela Assada com Polenta Trufada e Rôti é o prato que enche os olhos, o estômago e esvazia o bolso. Saboroso, não necessita da faca para cortar pois se desmancha apenas com o garfo e é um dos pratos mais caro do cardápio. 

Nas sobremesas, o óbvio para as fotos, ficamos entre o Tiramissu ou o Vulcano de Cholocate, que realmente são muito bons, mas eu preferi o Creme Suflado e não me arrependi: o creme inglês faz toda a diferença no bolinho de amêndoas com goiabada, mesmo na sobremesa a apresentação não peca e tudo é gostoso.

O ideal é ir em duas ou três pessoas, pedir e dividir vários pratos, amenizando o bolso, mas mesmo com a conta um pouco pesada, com certeza, você não vai se arrepender.