Crítica: 📚 “A Paciente Silenciosa” de Alex Michaelides mantém surpresas até o final

Título original: The Silent Patient
Autor: Alex Michaelides
Ano de Lançamento no Brasil: 2019
País Origem: EUA
Páginas: 364

“A Paciente Silenciosa”, escrito por Alex Michaelides, é um suspense psicológico envolvente que mantém os leitores grudados nas páginas até o fim. Com uma trama intrigante e personagens cativantes o autor oferece uma narrativa cheia de reviravoltas que mantêm o suspense até o último momento. 😳

A história acompanha Alicia Berenson, uma artista famosa que é acusada de assassinar seu marido. O curioso é que, desde o crime, Alicia se mantém em total silêncio, recusando-se a falar em todas as circunstâncias. Theo Faber, um psicoterapeuta determinado, vê em Alicia um desafio profissional e decide investigar sua mente para descobrir os motivos por trás de sua terrível ação.

A escrita de Michaelides é elegante e envolvente, criando uma atmosfera tensa que prende o leitor desde o início. Ele sabe como dosar as informações e revelações ao longo da trama, mantendo o suspense e deixando o leitor ávido por mais. Os capítulos curtos e alternados entre passado e presente contribuem para um ritmo acelerado que torna impossível largar o livro. 👀

Os personagens são bem desenvolvidos e complexos, cada um com sua história e motivações: Alicia é misteriosa e fascinante, enquanto Theo um protagonista que desperta empatia e oferece uma perspectiva interessante sobre a mente humana. Os personagens secundários também têm suas peculiaridades e contribuem para a trama de forma significativa. O aspecto psicológico do livro é um dos pontos fortes da história: o autor explora temas como trauma, loucura e a capacidade de manipulação da mente humana com habilidade, fazendo com que o leitor mergulhe nas profundezas da mente de Alicia. As sessões de terapia trazem insights interessantes e promovem uma reflexão sobre o poder da fala e do silêncio. 🤐

No entanto, apesar de todos pontos os positivos, o desfecho talvez deixe um pouco a desejar, pois algumas revelações finais podem parecer um tanto previsíveis para leitores mais assíduos de suspenses psicológicos. Apesar disso, o autor consegue encerrar a história de forma satisfatória, respondendo às perguntas e deixando espaço para interpretações.

Com uma trama envolvente, personagens cativantes e uma dose de complexidade psicológica, Alex Michaelides entrega um suspense que certamente irá satisfazer todos os fãs do gênero. 8️⃣

Crítica: 📚 “Um Apartamento em Paris” de Guillaume Musso traz ótima trama do escritor frances

Título original: “Das Atelier in Paris”
Autor: Guillaume Musso
Ano de Lançamento no Brasil: 2022
País Origem: França

As primeiras páginas, introdução, dão o peso do que será a história, mas você pensa: isso tende a ficar melhor e mais leve? Espere o imprevisível e devore rapidamente para não perder o embalo.

A escrita simples, as reviravoltas e a trama eletrizante deixam o leitor cada vez mais fascinado e torcendo para que os dois protagonistas tenham logo uma noite de amor e sexo, mas fica longe disso e parece que em cada capítulo o ódio entre eles apenas aumenta. A trama é bem construída mostra um autor dedicado aos detalhes, não deixando nada passar despercebido e entrelaçando a história de uma maneira que as dúvidas vão se dissipando a cada capítulo mas abrindo outras e tentando resolver um caso insolúvel.

Gaspard, o dramaturgo americano, bebum e insuportável (por vezes irresponsável) talvez seja o retrato de muitos homens atuais, presunçoso e irresponsável ataca quem duvida de suas opiniões enquanto que Madeline, uma policial inglesa, está desesperada em ter um filho e não quer se envolver em mais problemas. O que eles não esperavam e que teriam alugado a mesma casa/ateliê que pertenceu ao célebre pintor Sean Lorenz que criou obras de arte inesquecíveis e cobiçadas pelo mercado internacional. Como eles não conheciam toda a história do pintor e a trágica morte de seu filho, cada um à sua maneira resolve tentar descobrir um pouco mais e esta curiosidade une os dois numa busca pouco improvável: poderia o filho do pintor estar vivo um ano após ter sido noticiado sua morte? O que Lorenz procurava quando morreu? E quais as consequências de tudo isso na vida de Gaspard e Madeline? 

Com um final surpreendente, o livro é intenso e traz uma bela reviravolta no final, o que me impressionou bastante e deu um belo desfecho para a trama. Abra a primeira página que você não vai mais parar de ler até chegar ao final. 9️⃣

Guillaume Musso é um escritor francês, nascido em Antibes na Riviera Francesa, um dos mais populares da França e seus livros já venderam mais de 45 milhões de exemplares pelo mundo: A Vida é um Romance, A Vida Secreta dos Escritores, A Garota de Papel, O Chamado do Anjo, A Garota e a Noite. 

Crítica:📚 “A Biblioteca da Meia-Noite” de Matt Haig surpreende e cativa

“A Biblioteca da Meia-Noite” é uma obra literária intrigante e cativante, escrita pelo renomado autor Matt Haig.
Este romance habilmente tecido mergulha os leitores em uma jornada emocional através de temas como perda, solidão e a busca pelo sentido da vida. O enredo gira em torno de Nora, uma mulher que enfrenta uma crise existencial após passar por uma série de eventos traumáticos. A protagonista, em um momento de desespero, encontra-se em um lugar mágico e misterioso: A Biblioteca da Meia-Noite. Este local extraordinário transcende o tempo e o espaço, permitindo a Nora explorar vidas paralelas e possibilidades alternativas.
Haig tece sua narrativa com uma prosa elegante e reflexiva, envolvendo os leitores em uma teia de realidades alternativas e questionamentos profundos sobre identidade e escolhas. A ambientação da Biblioteca da Meia-Noite é ricamente detalhada, fazendo com que o leitor se sinta imerso nesse mundo fantástico e ao mesmo tempo íntimo.

O desenvolvimento dos personagens é outro ponto forte da obra: Nora passa por uma transformação emocional marcante à medida que navega pelas diferentes vidas que poderia ter levado. Suas interações com outros habitantes da Biblioteca, cada um com sua própria história e dilemas, acrescentam camadas à complexidade da trama. Embora o livro seja uma exploração profunda das emoções humanas, também apresenta momentos de humor e esperança. Haig equilibra habilmente os elementos mais sombrios com toques de otimismo, criando uma experiência de leitura envolvente e variada. No entanto, algumas partes da narrativa podem se arrastar um pouco, e em certos momentos, a complexidade das realidades alternativas pode confundir o leitor. Além disso, embora o desfecho seja satisfatório, algumas pontas soltas poderiam ter sido amarradas com mais firmeza.

Para finalizar, “A Biblioteca da Meia-Noite” é uma obra que desafia as convenções literárias ao explorar temas profundos por meio de uma premissa original e imaginativa. Matt Haig oferece aos leitores uma reflexão perspicaz sobre a vida, a morte e as escolhas que moldam nossos destinos.

Crítica: 📚 “O Chamado do Anjo” confirma o grande escritor Guillaume Musso

Uma história que a gente pensa que não vai dar em nada é envolvente e impactante, nos instiga e causa tensão, com boas surpresas pelo caminho e isso é ótimo.

Madeline ( ex-policial) e Jonathan (ex-chef de cozinha famoso) se esbarram no aeroporto e trocam seus celulares por engano e assim começa um quebra-cabeça em que o autor vai desenrolando os fios aos poucos. Este é um ponto legal, pois eles estão distantes (França e EUA) e a curiosidade de ambos em saber o que o celular do outro esconde os leva a uma provável quebra de sigilo e invasão de privacidade. Mas vão descobrir que com a descobertas dos fatos eles sempre estiveram ligados e isso é fascinante. 

As mudanças de cenários, personagens e fusos horários acabam complicando a vida e as descobertas de ambos, mas o livro é extremamente bem escrito nos levando a muitas perguntas e mesmo assim consegue nos surpreender, mesmo com uma promessa de romance fraca, o suspense e o quebra cabeça montado pelo autor compensa tudo.

Pode ser uma trama complexa sem ser desinteressante nem forçada, mas com certeza é surpreendente. O Chamado do Anjo foi uma deliciosa surpresa. 8

Crítica: livro “Um Apartamento em Paris” de Guillaume Musso

As primeiras páginas, introdução, dão o peso do que será a história, mas você pensa: isso tende a ficar melhor e mais leve? Espere o imprevisível e devore rapidamente para não perder o embalo.
A leitura simples, as reviravoltas e a trama eletrizante deixam o leitor cada vez mais fascinado e torcendo para que os dois protagonistas tenham logo uma noite de amor e sexo, mas fica longe disso e parece que em cada capítulo o ódio entre eles apenas aumenta.  
A trama é bem construída mostra um autor dedicado aos detalhes, não deixando nada passar despercebido e entrelaçando a história de uma maneira que as dúvidas vão se dissipando a cada capítulo mas abrindo outras e tentando resolver um caso insolúvel.

Gaspard, o dramaturgo americano, bebum e insuportável (por vezes irresponsável) talvez seja o retrato de muitos homens atuais, presunçoso e irresponsável ataca quem duvida de suas opiniões enquanto que Madeline, uma policial inglesa, está desesperada em ter um filho e não quer se envolver em mais problemas. O que eles não esperavam e que teriam alugado a mesma casa/ateliê que pertenceu ao célebre pintor Sean Lorenz que criou obras de arte inesquecíveis e cobiçadas pelo mercado internacional. Como eles não conheciam toda a história do pintor e a trágica morte de seu filho, cada um à sua maneira resolve tentar descobrir um pouco mais e esta curiosidade une os dois numa busca pouco improvável: poderia o filho do pintor estar vivo um ano após ter sido noticiado sua morte? O que Lorenz procurava quando morreu? E quais as consequências de tudo isso na vida de Gaspard e Madeline? 

Com um final surpreendente, o livro é intenso e traz uma bela reviravolta no final, o que me impressionou bastante e deu um belo desfecho para a trama. Abra a primeira página que você não vai mais parar de ler até chegar ao final. 9

Guillaume Musso é um escritor francês, nascido em Antibes na Riviera Francesa, mais populares da França e seus livros já venderam mais de 45 milhões de exemplares pelo mundo: A Vida é um Romance, A Vida Secreta dos Escritores, A Garota de Papel, O Chamado do Anjo e A Garota e a Noite.

livroDaQuinzena: “Bodas de Sangue” de Pierre Lemaitre

Assustador e perturbador, por vezes insano, este livro é surpreendente. Eu não imaginava que já nas primeiras páginas leria uma descrição tão precisa do que uma babá poderia fazer. Conforme a leitura avança, a tensão psicológica toma conta e todos os caminhos levam a um determinado desfecho, e que parece muito óbvio, mas as reviravoltas começam a acontecer e o que parecia resolvido fica cada vez melhor.

A trama mostra insegurança e loucura da personagem Sophie, que não lembra de como as situações aconteceram, mas em todas ela é a culpada: nada faz sentido e Sophie começa a perder sua lucidez a cada dia, esquecendo coisas básicas e vendo sua rotina desmoronar. Fugir ou se esconder é uma possibilidade? Ela está sendo assediada? Alguém está tentando se vingar dela? Como ela consegue responder todas as questões se nem lembra o que comeu no café da manhã… nem se tomou café?

O final foi um dos mais belos que li nos últimos anos: imprevisível e certeiro, que faz jus a trama psicológica e empolgante.

próximo 📚 => “Procure nas Cinzas” de Charlie Donlea

livroDaQuinzena: “O Jardim das Borboletas” de Dot Hutchison

Tenso e Perturbador

O meu último livro lido no ano, no total de 26, é o tenso e perturbador “O Jardim das Borboletas” de Dot Hutchison.

Dot Hutchison conseguiu construir ótimos personagens, desde Maya até a esposa doente do Jardineiro, passando por seus filhos com personalidades totalmente diferentes e também os agentes do FBI Victor e Eddison, com objetivos comuns mas histórias diferentes. Difícil mesmo é conseguir entender o Jardineiro: bem sucedido, em alguns momentos insano em outros amoroso, mas sem piedade nenhuma e fica parecendo que o maior prazer é a dor. Um homem sádico que mantém em cativeiro de meninas (as borboletas) por anos apenas para satisfazer o seu prazer, como e quando quiser.
O suspense cresce a cada página e o final é um dos melhores que eu li este ano. A narrativa, contada por Maya, tem muitas cenas bem pesadas. É estranho imaginar as coisas que ela é as demais garotas foram submetidas, mesmo sabendo que no nosso mundo atual tudo é possível. Não é permitido mas é possível.

E essa situação, absurdamente perturbadora, é tratada intensamente neste livro.

Mas além de tudo, a escrita de Dot é fascinante e arrebatadora que proporciona o leitor vislumbrar e imaginar as cenas detalhadamente. Acredito que isso foi o ponto principal que me fascinou no livro, pois a leitura foi tão surpreendente que fluiu rapidamente e devorei o livro de 300 páginas em apenas quatro dias.

Mas esta é a minha percepção e você não deve ficar ansioso em ler o livro da mesma maneira, porque vários pontos contados por Maya são esclarecidos sem pressa. Isso pode deixar alguns leitores inquietos, mas a verdade é que mesmo lento o livro é gostoso de ler e prende o leitor.
Se prepare pois após este livro, a equipe do FBI também estará em mais dois volumes: “Rosas de Maio” e “The Summer Children” (ainda sem tradução em português) e que faz parte da trilogia O Colecionador.

9… então para deixar bem claro: O Jardim das Borboletas é chocante e ótimo ao mesmo tempo. 

próximo 📚 => “Bodas de Sangue” de Pierre Lemaitre

livroDaQuinzena: “Um Lugar Bem Longe Daqui” de Delia Owens

SINOPSE: por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la. Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.

Eu comprei este livro em um aeroporto e digo que só comprei porque esqueci de colocar na mochila algum para ler na viagem. O que me chamou a atenção foram as muitas críticas positivas quando procurei na internet e também pela história da autora.

Mas vamos lá, quanto ao livro: é uma história bem interessante e fascinante de superação, nesta época de pandemia quando ficamos sozinhos e sem ter com quem conversar o livro pode ser um divisor de águas. É claro que a ficção nos proporciona ter devaneios, mas muitos fogem desta realidade, não enfrentam as questões do dia a dia como deveriam. A escrita, além dos detalhes, é tensa e muito bem contada isso leva o leitor a diversos caminhos tentando descobrir o que realmente aconteceu. As surpresas estão em qualquer habitante da cidade, como também nos 3 principais personagens. Eu achei a abordagem da narrativa desde a violência doméstica, passando pelo abandono, a descoberta da puberdade e a ajuda de pessoas pouco conhecidas extremamente eficiente e legal. O desenrolar do crime e às intenções que permeiam os personagens também se mostra eficiente e acaba com um desfecho, talvez para alguns, não tanto surpreendente mas conveniente.

9… gostei muito e prendeu a minha atenção.

próximo 📚 => O Menino do Bosque de Harlan Coben

#estanteViva: Stalker de Tarryn Fisher

#1

Ela quer a sua vida. Quando Fig Coxbury compra uma casa na West Barrett Street, sua maior motivação não é o amor pelo bairro, ou ter se apaixonado pelo imóvel. É para ficar mais próxima de tudo o que ela deseja: o marido, a criança e a vida que pertence a outra pessoa. Com os olhos fixos na família Avery, Fig se insere gradualmente na rotina de Jolene, Darius e sua filha, Mercy.

É um bom livro e bem escrito, com uma trama perturbadora que incomoda. Ter um mulher como stalker não é novidade, nem em livros ou filmes, mas a protagonista Fig parece ser diferente: além de copiar a privacidade familiar, ela cobiça e manipula todos ao seu redor. Nada deve ficar no seu caminho, porque realmente ela é muito criativa, quando incorpora o personagem perseguidor. É o primeiro livro que li da escritora sul africana, nascida em Joanesburgo e que vive atualmente em Seattle, Washington e é uma bela surpresa. 8

#estanteViva: viaje nas emoções

6 ótimos livros de graça

Quantos livros você já leu na sua vida? 1, 500, milhares? E quantas viagens você já fez por entre as páginas “devoradas”? E quantas emoções você já viveu?

Nos posts de #estanteViva vou falar sobre os livros que eu já li e porque achei legal… e foram muitos nestes anos de leitura. Sempre viajando, criando meus próprios cenários e, acima de tudo, conseguindo compreender as minhas emoções transportadas em folhas de papel, como já cantava Toquinho: “Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo /E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo / Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva / E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva” (AQUARELA) ou “Sou eu que vou seguir você / Do primeiro traço até o bê-a-bá / Em todos os desenhos / Coloridos vou estar / A casa, a montanha, duas nuvens no céu / E um sol a sorrir no papel” (O CADERNO).

“Permita-me sonhar,
E deixe o sonho me levar:
Por lugares que nunca viajei,
Por estórias que nunca imaginei, e
Por emoções que nunca vivi.” Luís Severo

Ainda não leu? Quer viajar? Quer se emocionar? Vamos começar?

Qual destes livros abaixo você quer receber, de graça em casa? Faça um comentário neste post sobre o livro ou o autor que você quer e eu vou eleger o melhor e mandar “na faixa”. São 6 ótimos livros, escolha o seu e comente abaixo.

6 ótimos livros de graça