1clipe: 🎥 “Charlie” da banda terraplana

Uma das novas boas bandas do rock nacional vem de Curitiba, terraplana, e a cada ano melhora mais. Na estrada desde 2017, a banda lançou em 2023 Olhar pra Trás e promete para este ano o novo álbum, natural. O lançamento da música e clipe “Charlie” fala sobre estar presente por inteiro e aproveitar o momento: “tudo o que você quiser / nada a perder / repentinamente vem / e em um minuto /se desfaz”. Confere aí!

1clipe: 🎥 “Sem Juízo” de Lara Aufranc

Esta é uma daquelas musicas chiclete que você escuta pela primeira vez e já sai cantarolando, com a suavidade da voz da cantora paulistana Lara Aufranc, e te deixa com uma sensação de paz: “Vão dizer que me desajustei / Displicente e sem juízo / Já faz tempo que eu reparei / Tanta gente tão igual / Aqui não tem juízo / Aqui não falta ninguém”.

1clássico modelo: 🎸 “O Último Dia” de Paulinho Moska

Música: “O Último Dia”
Álbum: Pensar é Fazer Música
Ano: 1995
Cantor: Paulinho Moska
Origem: Brasil
A música “O Último Dia”, composta por Billy Brandão e Paulinho Moska, está em seu segundo álbum solo de 1995, Pensar é Fazer Música, e este é o meu clássico de hoje. Não por ser uma música originada de um cantor do pop rock, mas por sua letra reflexiva e a ótima versão que foi lançada em 2020.

“O Último Dia” é uma canção marcante que destaca a sensibilidade poética e melodia envolvente criada pela dupla, tornando-se assim um dos grandes sucessos do cantor e conquistando fãs e críticos com sua profundidade emocional. A história por trás da música revela a habilidade de Paulinho Moska em criar letras introspectivas e significativas e já inicia com uma pergunta direta para seu amor: “O que você faria se só te restasse esse dia?”. E isso, de cara, acende uma grande questão que já debatemos diariamente: o que cada um de nós faríamos SE acontecesse algo que fugisse do nosso controle? Tenho certeza que muitos responderiam: “Vou gastar todo meu dinheiro” ou “Vou fazer um monte de dívidas” ou “Vou beber até cair” ou “Vou transar até morrer” 😂

A canção questiona temas como amor, perda e superação, com uma abordagem poética, melodia suave e uma interpretação emotiva do cantor que, com tanta emoção, cria uma grande conexão íntima com o público e deixa todos pensativos: “Ia manter sua agenda / De almoço, hora, apatia / Ou esperar os seus amigos / Na sua sala vazia”. E estas questões levantadas tornou a música um pequeno hino para aqueles que buscam conforto e reflexão em meio às adversidades da vida. A música transcende gerações, tocando os corações dos ouvintes com sua sinceridade e beleza, continuando a impactar o cenário nacional tanto que Ney Matogrosso regravou em 1998. Mas uma das ótimas versões, pra mim a melhor, é do músico brasiliense GAÊ em 2020.

Não importa o interprete, Paulinho Moska, Ney Matogrosso ou GAÊ, eles fizeram grandes versões de uma música atemporal que vai perdurar por muito tempo. Confere aí!

1cover: “Eu e Você Sempre” por Martins

Normalmente eu escuto apenas os mestres do samba: Jorge Aragão, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, mas fuçando na internet encontrei o ótimo álbum Interessante e Obsceno, do cantor pernambucano Martins. Alguns destaques do álbum são: “Tua Voz”, “Deixe” e “Tem Problema Não”, mas o que me chamou atenção foi a nova roupagem de “Eu e Você Sempre” do onipotente Jorge Aragão.
Com certeza você não vai se arrepender.

euOvo: Hayley Mary

Sair da zona de conforto e ampliar o gosto musical nem sempre é fácil, além do mais quando se dedica ouvir apenas um gênero por tanto tempo. Mas rock é rock em qualquer lugar do mundo, a questão são suas vertentes. Aqui eu saio do metal e caio no pop de Hayley Mary. Para quem não conhece a moça, ela era vocalista da banda australiana de rock alternativo The Jezabels que emplacaram músicas como: “Endless Summer”, “Hurt Me”, “Easy to Love”, “A Little Piece” e “City Girl” entre outras. A banda acabou, ou deu um tempo, em 2017 mas ela continuou com sua carreira solo.

Em 2020 a moça lançou o primeiro disco solo The Piss, The Perfume, que emplacou os hits “The Piss, The Perfume”, “Ordinary Me” e “The Chain”, mas a música de maior sucesso foi “Like a Woman Should”. Em 2021, lançou o EP DRIP com sete boas músicas entre elas: “Unholy Winter”, “Young & Stupid”, “Sullen Kink” e “A Boy Called Rock’N’Roll”. Em 2021 foi lançado o single “Fall in Love”, ótima e pulsante não decepciona.

Aproveite e descubra outros sons, comece com Hayley que você não vai se decepcionar.

1cd: “Luzente” – O Teatro Mágico

Eu acredito que a banda O Teatro Mágico, OTM, é a banda mais injustiçada do cenário indie rock nacional: banda cativante e público fiel, mas o fato de ainda não estar no primeiro time do rock nacional é uma grande injustiça. E isso faz muita falta no atual cenário, mas que a partir do presente álbum está prestes a mudar. A trupe comandada por Fernando Anitelli, está na estrada desde 2003 e quem não conhece deve ouvir músicas como: “Eu Não Sei na Verdade Quem Eu Sou”, “Vim Te Buscar”, Deixa Ser”, “Nosso Pequeno Castelo”, “Pena”, “Você me Bagunça”, “Deixa Ser” e o maior hit “O Anjo Mais Velho” (Só enquanto eu respirar / Vou me lembrar de você / Só enquanto eu respirar).

Agora, a banda lança um dos melhores álbuns de 2022, Luzente, e mostra que a parada de cinco anos fez bem para eles: o álbum é ótimo, com poderoso apelo pop as sem deixar de lado a beleza das letras. Entre de cabeça que eu aposto que você vai se apaixonar. Após a faixa de abertura “Boas Vindas” (“Senhoras e Senhores, respeitável público pagão, bem-vindos ao Teatro Mágico, sinta-se à vontade”.) já chega o primeiro petardo “Almaflor”, que abre com um “Ô ô ô” e letra com força na esperança: “Quando isso tudo passar por nós / Não tenha medo de nada / Seremos Porto Seguro / E tudo que tarda não falha)”.

“Cinza” é uma música interessante e entrega ecos do rock nacional dos anos 80: “Praça acuada entre muro e massa / Natureza resiste à fumaça / A pressa, o concreto opressor”… “A cidade que pulsa em mim, também me expulsa”. “Laço” é outra baita música, do pernambucano Igor de Carvalho, com clipe bem legal e versos certeiros: “O amor é um laço e não um nó / Com querer, conquistar / Podemos ficar juntos se soubermos estar só”. “Instalação” tem vocais de Anitelli e Nô Stopa e é uma bela parceria que empolga com versos falando sobre o cotidiano de um casal: “Quando quebra eu conserto! / Espero de você o mesmo / Quando me machucar”. A dupla de baladas suaves é ótima:“Nova Maneira”clama: “Quem fará, o amor perder o medo? / Transformar, a dor num novo enredo” e Fernando Anitelli conduz com maestria “Abrigo”:“Pois já é tarde / Eu posso me esconder / Do teu lado / Quando o universo desaparecer”.

A melhor música do álbum, junto com “Almaflor”, é “Tantas São” e traz uma ótima parceria com Renan Inquérito, cativa e empolga: “Às vezes gosto da solidão / Às vezes não / Às vezes sou chuva de verão / Às vezes Sol”. 

Shows lotados e hit atrás de hit, será o ano da trupe O Teatro Mágico?

euOVO: The Perishers

THE PERISHERS

The Perishers era uma banda indie de rock sueca, da cidade de Umeå, formada em 1997 e liderada por Ola Klüft (vocal, guitarra), tendo como principais integrantes também Martin Gustafson (teclados, backing vocals), Pehr Åström (baixo) e Thomas Hedlund (bateria).

From Nothing To One, 2002, traz a beleza de “In The Blink of an Eye”. Em 2005 lançam Let There Be Morning com os petardos “Sway” e “My Heart”. E em 2007 o último lançamento foi Victorius, que além da faixa título emplacou “Carefree”.

Eu acho que é uma das bandas de rock independente mais injustiçada de todos os tempos: com apenas três lançamentos de estúdio emplacou músicas em várias séries como The Americans, The OC, One Tree Hill, Greek e Veronica Mars. E temos alguns destaques: a balada “Sway” foi o destaque em um episódio da segunda temporada da série Veronica Mara. Sarah Isaksson fez dueto na música “Pills”. A música “My Heart” fez sucessos através dos comerciais do Saturn Sedan e também em um episódio da segunda temporada da série Kyle XY. “Trouble Sleeping” foi tocada em Grey’s Anatomy.

Em 2010, a banda se separou, mas ficou um legado de boas músicas, além das já citadas acima, algumas que merecem destaques: “Still Here”, “Let There Be Morning”, “Midnight Skies”, “Come Out of the Shade” e “When I Wake Up Tomorrow”.

O rock indie perdeu uma boa banda com grande potencial de mercado, mas com pouca aceitação, apesar de boas críticas da mídia. Algumas músicas ficam na cabeça e são bem legais para curtir numa viagem ou uma playlist em casa, lacrando o som.

AmúsicaPOP: que EU AMO ODIAR – Georgia Castro

#2 Georgia Castro – Você é Arte

Além de bela, a voz e presença da moça impressionam e a balada “Você é Arte” é linda.

A música POP que EU AMO ODIAR #1

POPMusicEu sou rockeiro e curto: LED ZEPPELIN, PINK FLOYD, RAMONES, THE DOORS, NIRVANA, CREDENCE CLEARWATER REVIVAL, PEARL JAM, TITÃS, LEGIÃO URBANA, PLEBE RUDE, BARÃO VERMELHO, ENGENHEIROS DO HAVAII, PIXIES, PARALAMAS DO SUCESSO, TALKING HEADS, U2, CAPITAL INICIAL, STEPPENWOLF, O RAPPA, RADIOHEAD, THE WHO, QUEEN, DIRE STRAITS, DISHWALLA, AUDIOSLAVE, AWOLNATION, EAGLES, FOO FIGHTERS e mais alguns. Não curto rock pesado, mas não posso deixar passar uma banda fodona como AVENGED SEVENFOLD e o petardo “Hail to The King” ou a versão arrebatadora de “Wish You Were Here”. Nem a versão poderosa de “Sound of Silence” que a banda DISTURBED levou a outro patamar. E tem, logicamente, uma vertente do rap brasileiro com Criolo, Mano Brown, Emicida, Projota e Racionais MCs que merecem ser ouvidos, sem constrangimento ou rótulos. Também um pouco de jazz, soul, música sertaneja de raiz, música gaúcha antiga: sou muito seletivo ou muito enjoado? Enquanto muitos falam que são ecléticos, que gostam de todo o tipo de música, eu sou rockeiro, simples assim. Não entra na minha cabeça (ou nos meus tímpanos) ouvir um funk proibidão ou um sertanejo sofrência? O fato é que meu estilo de musica é o ROCK e estamos entendidos.

Mas ultimamente alguns lançamentos da música POP tem me chamado atenção. E como distinguir o que é pop ou não? Por exemplo, eu gosto do pop rock ou rock indie de bandas como: SKANK, JOTA QUEST, THE DEARS, JAMES BAY, MAGIC, MAGIC NUMBERS, MAROON5, e outros. Por outro lado não gosto de pop descartável e muitas vezes direcionado às paradas de sucesso e com refrão pegajoso: lembra PSY ou LUIZ FONSI? O que fizeram além de suas músicas chicletes? Paralelamente a isso os escritores americanos David Hatch e Stephen Millward definiram a música pop como “um conjunto musical que é distinguível da música popular, folclórica e do jazz“, ou seja algo fácil para chegar às massas e vender. Não sei se é uma boa definição, mas é o que os “entendidos” falaram.

Mas, tirando essas questões divergentes a música pop tem uma safra de bons cantores, intérpretes e letristas que me chamam atenção, a música pode ou não ser um mega hit, mas algumas vezes tem versos bacanas e a levada pop atinge o grande público. E este é o meu caso ao escrever:

A MÚSICA POP QUE EU AMO ODIAR.

#1 Kell Smith – Era Uma Vez
A música fala sobre a infância, como era simples quando éramos crianças e como algumas vezes queríamos crescer mais rápido para ter independência, e agora que temos essa independência não é o que gostaríamos, então os desgostos da vida de adulto são retratados e vem aquela saudade de voltar a ser criança. A letra é bem legal, mas o refrão é sensacional:
“É que a gente quer crescer / E quando cresce quer voltar do início / Porque um joelho ralado / Dói bem menos que um coração partido”