Crítica: 🎬 “A Mulher na Parede”, série é perturbadora e surpreendentemente boa

A produção conjunta do canal Showtime e da BBC é de 2023 mas chegou este ano na Prime Vídeo, com seis episódios e uma boa trama. A série conta duas histórias: uma mostra as lembranças de Lorna (a ótima Ruth Wilson) de seu tempo na Lavanderia e suas crises de sonambulismo, enquanto a outra mostra dois assassinatos, que tem ligação com os fatos que remontam desta época. Lorna foi parar num destes conventos, deu a luz a sua filha Agnes, que foi cruelmente tirada de seus braços e cujo destino nunca conheceu. A historia de Lorna vai colidir com a do detetive Colman Akande (Darryl McCormack), que terá de enfrentar seus próprios segredos, enquanto Colman procura um assassino e Lorna procura sua filha.

As pistas do assassino levam a suspeita em cima de Lorna, mas a série ganha força quando Colman descobre que certidões de óbito foram forjadas e crianças adotadas ilegalmente, destacando a contínua influência da Igreja mesmo após o fechamento das lavanderias. Neste momento Lorna é uma assassina, ou há mais na história do que aparenta? Após a descoberta do corpo, a reação da polícia é de cautela e suspeita e conforme a investigação se aprofunda, é revelada a história traumática da protagonista com as Lavanderias Magdalene e as circunstâncias em torno do desaparecimento de seu bebê.

Com uma trama intrincada e personagens profundamente envolventes, A Mulher na Parede mergulha nas profundezas dos horrores históricos, oferecendo uma narrativa arrebatadora e emocionalmente intensa. Uma série que não apenas entretém, mas também joga luz sobre questões sociais e morais, deixando o espectador ansioso por cada revelação e reviravolta inesperada.