A versão muito legal de Clarice Falcão para a música “Survivor” de Beyoncé.
Mês: Março 2016
(I) Era uma vez…
não me diga que meus sonhos não são reais.
Uma menina me ensinou, tudo que eu sei, realmente TUDO o que eu sei. Algumas vezes foi sem querer, mas mesmo assim com meus 23 anos descobri que não sabia nada da vida e menos ainda sobre o amor. E Monica, com 19 anos,
me mostrou como era a vida real, como
era bom viver intensamente e como, principalmente, era bom amar e sonhar. Me mostrou seus
planos e eu sempre me via ali, ao lado dela: em locais que eu não imaginava conhecer e em aventuras que eu não sonhava viver.
Numa pequena caderneta identificava: locais, horários e aventuras. Numa ordem cronológica minuciosamente escrita com informações até menos irrelevantes, tudo estava anotado ali, numa letra caprichosamente desenhada, afinal, Monica era a dona do seu próprio espaço e tempo. E assim, meus dias foram melhores: mais calorosos no inverno e mais claros mesmo nos dias cinzentos de tempestades.
Quando estávamos em casa e sentados no sofá da sala (um único e velho sofá, muito velho mesmo: de camurça marrom e todo desbotado, que só ficou melhor porque compramos algumas mantas numa das poucas viagens reais à cidade de Paraty e jogamos por cima para disfarçar o quanto aquele sofá era realmente velho), que era o único móvel que cabia no nosso minúsculo apartamento de 22 metros quadrados, com um simples afago na minha cabeça, já me descansava e ela, com toda simplicidade, começava a ler algo que tinha escrito, me fazendo viajar e sonhar.
O certo é que, cada palavra escrita nos pequenos mas audaciosos relatos me fascinava e eu sempre me perguntava: como eu nunca tinha imaginado isso?
Nada era proibido.
Ninguém poderia me dizer o que eu não fiz?
Ou quem iria me dizer o que eu não podia fazer?
Eu queria viver e estar com Monica todos os dias, todas as horas, todos os segundos.
Mas a vida é cheia de surpresas, nos prega peças de uma hora para outra. Monica viveu intensamente desde os 17 anos, tentou se refugiar em sonhos e ilusões do que poderia e queria fazer nos próximos anos se sua vida fosse normal.
No calor de uma noite de amor e carinhos, do pequeno e bem desenhado nariz de Mônica surge uma gota de sangue, que quando percebo brinco que havíamos chegado no nosso ápice do amor. Rapidamente ela dá um pulo da cama e antes de chegar ao banheiro, cai lentamente no piso frio do nosso quarto. Corro para ampará-la e já não sinto seus batimentos cardíacos, apesar de todo seu corpo estar ainda quente. Me desespero e ligo para a emergência, que rapidamente chega em nossa casa.
Enquanto sigo para o hospital na ambulância, chorando e soluçando sem parar, sinto a mão de Mônica deslizando por entre os meus dedos: o ultimo sopro de vida se esvai.
Abalado abro a pequena caderneta, tentando me agarrar em suas palavras sempre alegres que poderiam me servir de consolo numa hora tão triste, meu mundo ruiu a poucos minutos atrás: eu estava desolado, cansado e perdido.
E na última página uma única frase começava a ser escrita, talvez, para uma última estória que ainda deveria ser desenvolvida e contada.
“Ao Meu Grande e Único Amor, vamos viver, amar e sonhar… “
Dia Mundial da Poesia
Fácil é dizer “oi”, ou “como vai ?”.
Difícil é dizer “adeus”…
Fácil é abraçar, apertar a mão.
Difícil é sentir a energia que é transmitida…
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só…
Fácil é sonhar todas as noites
Difícil é lutar por um sonho…
Carlos Drummond de Andrade
1clipe:Coldplay – Adventure of a Lifetime
Um dos grandes álbuns de 2015 foi lançado pelo Coldplay – A Head Full of Dreams – e o clipe de “Adventure of a Lifetime” além de bacana e divertido foi um dos melhores do ano passado. Já vi o show do Coldplay no RockINRio e a nova turne desembarca no Brasil em abril.
Filme: Sobre Amigos, Amor e Vinho

Sinopse:
Pelo seu aniversário de 50 anos, Antoine recebeu um presente bem original: um infarto. A partir daí ele terá que se cuidar. O problema é que Antoine sempre cuidou de tudo: da saúde, da alimentação, da família, de não magoar os amigos e concordar com tudo. Mesmo assim, ele aceita encarar um novo regime e, na tentativa de mudar sua vida, ele vai acabar mudando a dos outros também.
Comentário:
O cinema francês sempre me fascina, com boas estórias e comédias ácidas, dando margem a sátiras sociais e sendo palco de vinganças e briguinhas bobas. Muitos filmes são bem legais, mas eu confesso que eu esperava mais deste “Barbacue” desde quando li a primeira sinopse e assisti o trailer.
Antoine (Lambert Wilson) é rico e depois de um infarto resolve jogar tudo pro ar e aproveitar a vida. A turma (os amigos) de Antoine é bem variada: Laurent vive tenso por conta de problemas financeiros, Yves é muito chato que acha que sabe de tudo, Olivia é desencanada mas não consegue se entender com seu ex-marido Baptiste, que está desempregado, deprimido e quer reatar com ela, e Jean-Michel sempre disponível e cometendo gafes, não fez faculdade e conheceu a turma porque trabalhava no restaurante universitário.
Eles alugam uma casa e vão todos passar as férias e descansar, mas as tiradas sarcásticas de Antoine provoca brigas e discussões entre os amigos. Tudo isso regado a boa comida e vinhos, também tem espaço para o amor e reconciliações.
O filme é bom: é possível dar algumas risadas, é agradável e descontraído.
O ano passado esteve em algumas salas de cinema em Sampa, mas foi muito rápido, eu baixei em sites de torrent, assisti em casa num dia chuvoso e valeu a pena.
#ficadica
