livroDaQuinzena: “O Menino do Bosque” de Harlan Coben

Quando eu li o título deste livro eu imaginei que seria mais ou menos no mesmo enredo de Um Lugar Bem Longe Daqui de Délia Owens, mas me enganei. O livro é extremamente delicioso de ler e Harlan Coben, O Mestre das Noites em Claro, sabe como entreter o leitor, amarra bem a trama e mostra diversos caminhos na evolução da historia.

Quando eu li o título deste livro eu imaginei que seria mais ou menos no mesmo enredo de Um Lugar Bem Longe Daqui de Délia Owens, mas me enganei. O livro é extremamente delicioso de ler e Harlan Coben, O Mestre das Noites em Claro, sabe como entreter o leitor, amarra bem a trama e mostra diversos caminhos na evolução da historia. 

O desaparecimento da jovem Naomi Pine parece a ponta do iceberg, mas se engana quem pensa que esse será o enredo principal, também não é a história do “menino do bosque” e nem o drama familiar de Hester mas sim, a partir da metade do livro, o sequestro do menino Crash da milionária família Maynard e que torna a trama envolvente. Melhora mais ainda quando entra em cena a ótima advogada Hester Crimstein que, para mim, é a melhor personagem do livro, e tem um papel importante na trama: advogada implacável, uma senhora de 70 anos, viúva, amorosa, sarcástica, corajosa e sincera. Além disso, Hester tem um drama familiar do passado mal resolvido (que tem desfecho nos capítulos finais), um relacionamento com o delegado da pequena cidade e ainda advoga para os pais do menino desaparecido a tornando fascinante. Wilde, o tal menino do bosque, não é um menino mas um homem que ajuda Hester na investigação, é um personagem complexo e cheio de dúvidas sobre o seu passado. A inteligência e vivência de Wilde é que dá visão aos muitos caminhos e desfechos das situações. Pesando os prós e contras ele toma as melhores decisões, mesmo não agradando à todos, principalmente a Hester.

10… a união de Hester e Wilde é que tornam este livro uma leitura prazerosa e obrigatória, em acontecimentos que abrangem bullying, abuso e justiça num excelente final. Além de que Harlan Coben tem uma escrita fácil e empolgante, se você ainda não leu nada dele, se prepare: o cara já vendeu mais de 75 milhões de exemplares no mundo.

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livroDaQuinzena: “Um Lugar Bem Longe Daqui” de Delia Owens

SINOPSE: por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la. Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.

Eu comprei este livro em um aeroporto e digo que só comprei porque esqueci de colocar na mochila algum para ler na viagem. O que me chamou a atenção foram as muitas críticas positivas quando procurei na internet e também pela história da autora.

Mas vamos lá, quanto ao livro: é uma história bem interessante e fascinante de superação, nesta época de pandemia quando ficamos sozinhos e sem ter com quem conversar o livro pode ser um divisor de águas. É claro que a ficção nos proporciona ter devaneios, mas muitos fogem desta realidade, não enfrentam as questões do dia a dia como deveriam. A escrita, além dos detalhes, é tensa e muito bem contada isso leva o leitor a diversos caminhos tentando descobrir o que realmente aconteceu. As surpresas estão em qualquer habitante da cidade, como também nos 3 principais personagens. Eu achei a abordagem da narrativa desde a violência doméstica, passando pelo abandono, a descoberta da puberdade e a ajuda de pessoas pouco conhecidas extremamente eficiente e legal. O desenrolar do crime e às intenções que permeiam os personagens também se mostra eficiente e acaba com um desfecho, talvez para alguns, não tanto surpreendente mas conveniente.

9… gostei muito e prendeu a minha atenção.

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livroDaQuinzena: A Última Festa de Lucy Foley

Sinopse: Nove amigos decidem celebrar o réveillon em um casarão isolado da Escócia. É uma tradição que adquiriram após se conhecerem na época da faculdade e que, anos depois, se mantém firme. Pouco tempo após a chegada, uma nevasca atinge o terreno e impossibilita a entrada ou a saída de qualquer um. Quando um corpo é encontrado na neve após a festa de fim de ano, o grupo precisa encarar uma realidade assustadora: o assassino está entre eles.

9… é bem legal o livro de estreia da escritora inglesa que já foi até comparada a Agatha Christie, um tanto quanto exagerado isso, mas enfim cada um com sua opinião. Não posso negar que achei o livro ótimo e o clima de suspense faz com que a narrativa prende o leitor e faz querer chegar logo no final.

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#estanteViva: Menina Boa Menina Má de Ali Land

Os corações das crianças pequenas são órgãos delicados. Um começo cruel neste mundo pode mudar para sempre o seu destino. Nome novo. Família nova. Eu. Nova. Em folha. A mãe de Annie é uma assassina em série. Um dia, Annie a denuncia para a polícia e ela é presa. Mas longe dos olhos não é longe da cabeça. Os segredos de seu passado não a deixam dormir, mesmo Annie fazendo parte agora de uma nova família e atendendo por um novo nome – Milly. Enquanto um grupo de especialistas prepara Milly para enfrentar a mãe no tribunal, ela precisa confrontar seu passado. E recomeçar. Com certeza, a partir de agora vai poder ser quem quiser… Mas a mãe de Milly é uma assassina em série. E quem sai aos seus não degenera.

Que fique bem claro: o livro é “sombrio, tenso e envolvente”. Desde a primeira página, você vai prender a respiração durante a leitura e não desgrudará até o final. É claro que isso para quem gosta de uma boa e desenvolvida história. A personagem principal que nasceu Annie e depois se transformou em Milly relata bem os casos, não com extrema violência mas de uma forma simples e dolorosa, psicologicamente é forte. Sabemos que muitos dos atos abusivos são reais, em qualquer lugar do mundo e o livro escancara isso.

É desconfortável, bruto e necessário. Um belo livro de uma escritora que eu não conhecia e só comprei este livro porque estava num aeroporto e não tinha nada para ler. Grata supresa: TOP D+.

29/10 – Dia Nacional do Livro

Eu falar de leitura ou de livros cansa… mas eu não paro, não desisto: compro, leio e me apego, não gosto de emprestar, porque é meu. Tem que estar na minha estante.

Este ano eu tinha colocado como meta ler pelo menos 26 livros, 1 livro a cada 15 dias. É algo fácil de se fazer, apenas tem que ter disciplina para cumprir prazos e horários. Mas é claro que na correria do dia a dia e novos acontecimentos podem desviar a atenção e a meta não ser atingida. Não é apenas ler, é viajar. Estou no meu 18 livro e não sei se conseguirei cumprir a meta estabelecida, também não quero ler um livro “fininho”, com poucas páginas, apenas para dizer que cumpri a meta.

O livro é o meu troféu.

O livro me emociona, sinto medo, dou risadas, viajo sem sair do meu sofá ou da minha cama ou do meu banco no ônibus. Como é fácil descobrir esse mundo fascinante.

Enfim, o sabor de ler um bom livro está na sutileza de saborear uma boa leitura, com calma e paciência.

#estanteViva: #2 – O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton

#2

O Estranho Mundo de Jack apresenta a clássica e fantástica história criada pelo cineasta Tim Burton que narra as desventuras de Jack Esqueleto, o mestre do Halloween que um dia, entediado em sua Terra das Bruxas e cansado da rotina de sustos e assombrações, depara-se com três grandes portas talhadas em árvores numa floresta. Ao abrir uma delas, cai na Cidade do Natal, onde Papai Noel vive e constrói seus presentes. Deslumbrado, Jack coleta alguns objetos natalinos para provar aos habitantes de seu estranho mundo que ali estivera. De volta a sua mórbida cidade, o esquelético protagonista tem uma ideia um tanto mirabolante: sequestrar o bom velhinho e tomar o seu lugar na entrega dos presentes de Natal. O resultado da empreitada é que, em vez de deixar as crianças alegres, deixa-as, mais uma vez, apavoradas. Até que uma surpresa natalina muda o rumo da história.

Sempre gostei de gibis, mas este livro ilustrado foi o primeiro que li neste formato e, claro, depois muitos outros. Aqui a minha fascinação por Tim Burton cresceu mais ainda, com elementos fantasiosos e sombrios mostra porque o diretor e escritor é um dos melhores do mundo. Bons desenhos e estória legal, fácil de ler e entender. Apesar de eu achar que ele é meio pirado. Ideias loucas de uma mente brilhante? Não sei, mas vale a pena a leitura. 👏

15/10 – Dia do Professor

Eu não tenho vontade de ficar em uma sala de aula novamente, mas sinto saudades de alguns professores, principalmente a de português, Carmem Marasca, que abriu meus olhos para a leitura e meus gosto pelos livros. E como dizia Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

#estanteViva: Stalker de Tarryn Fisher

#1

Ela quer a sua vida. Quando Fig Coxbury compra uma casa na West Barrett Street, sua maior motivação não é o amor pelo bairro, ou ter se apaixonado pelo imóvel. É para ficar mais próxima de tudo o que ela deseja: o marido, a criança e a vida que pertence a outra pessoa. Com os olhos fixos na família Avery, Fig se insere gradualmente na rotina de Jolene, Darius e sua filha, Mercy.

É um bom livro e bem escrito, com uma trama perturbadora que incomoda. Ter um mulher como stalker não é novidade, nem em livros ou filmes, mas a protagonista Fig parece ser diferente: além de copiar a privacidade familiar, ela cobiça e manipula todos ao seu redor. Nada deve ficar no seu caminho, porque realmente ela é muito criativa, quando incorpora o personagem perseguidor. É o primeiro livro que li da escritora sul africana, nascida em Joanesburgo e que vive atualmente em Seattle, Washington e é uma bela surpresa. 8

#estanteViva: viaje nas emoções

6 ótimos livros de graça

Quantos livros você já leu na sua vida? 1, 500, milhares? E quantas viagens você já fez por entre as páginas “devoradas”? E quantas emoções você já viveu?

Nos posts de #estanteViva vou falar sobre os livros que eu já li e porque achei legal… e foram muitos nestes anos de leitura. Sempre viajando, criando meus próprios cenários e, acima de tudo, conseguindo compreender as minhas emoções transportadas em folhas de papel, como já cantava Toquinho: “Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo /E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo / Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva / E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva” (AQUARELA) ou “Sou eu que vou seguir você / Do primeiro traço até o bê-a-bá / Em todos os desenhos / Coloridos vou estar / A casa, a montanha, duas nuvens no céu / E um sol a sorrir no papel” (O CADERNO).

“Permita-me sonhar,
E deixe o sonho me levar:
Por lugares que nunca viajei,
Por estórias que nunca imaginei, e
Por emoções que nunca vivi.” Luís Severo

Ainda não leu? Quer viajar? Quer se emocionar? Vamos começar?

Qual destes livros abaixo você quer receber, de graça em casa? Faça um comentário neste post sobre o livro ou o autor que você quer e eu vou eleger o melhor e mandar “na faixa”. São 6 ótimos livros, escolha o seu e comente abaixo.

6 ótimos livros de graça

livroDaQuinzena: O Clube do Crime das Quintas-Feiras – Richard Osmar

SINOPSE: toda quinta, em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra, quatro idosos se reúnem para — segundo consta na agenda da sala de reunião — discutir ópera japonesa. Mas não é bem isso que acontece ali dentro. Elizabeth, Ibrahim, Joyce e Ron usam o horário para debater casos policiais antigos sem solução, confiantes de que podem trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas daquelas atrocidades do passado. Com todos os integrantes acima dos setenta anos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras não é a equipe de detetives mais convencional em que se conseguiria pensar, mas com certeza está mais do que acostumada a fortes emoções. Afinal, Joyce foi enfermeira por décadas, Ibrahim ajudou pacientes psiquiátricos em situações dificílimas, Ron era um reconhecido líder sindical e Elizabeth… bom, digamos que assassinatos e redes de contatos sigilosas não eram nenhuma novidade para ela. Quando um empreiteiro local com projetos bastante questionáveis na cidade aparece morto, o grupo tem a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual. Apostando em seus semblantes inocentes e habilidades investigativas estranhamente eficazes — além de trocas de favores clandestinas com a polícia, que, apesar de todos os esforços, parece estar sempre um passo atrás de seus colegas amadores —, os quatro amigos embarcam em uma aventura na qual as mortes do presente se entrelaçam com antigos segredos, e em que saber demais pode trazer consequências perigosas.

COMENTÁRIO: sabe aquele livro que, mesmo com as melhores críticas, você acha que não vale a pena mas mesmo assim compra? Isso aconteceu aqui e foi uma grata surpresa. Uma história ótima, contada de forma descontraída que prende o leitor e deixa completamente satisfeito. 10