
Neste dia, nada mais atual do que esta música, mesmo depois de 7 anos: como ainda convivemos com isso no Brasil e no mundo? Intolerância ainda é um dos grandes males do mundo.

Neste dia, nada mais atual do que esta música, mesmo depois de 7 anos: como ainda convivemos com isso no Brasil e no mundo? Intolerância ainda é um dos grandes males do mundo.

Neste conto vamos conhecer a história de Jorge, 30 anos, boa aparência, com uma boa situação financeira, morando sozinho em Recife, que de uma hora para outra decide pedir demissão e rodar o mundo. Descobriremos porque todos os seus relacionamentos foram curtos e como ele decidiu dar uma guinada na sua vida.
Jorge era bom com números e antes de se formar já estava contratada por um grande fundo de investimentos de Recife, sua habilidade trouxe uma carreira meteórica e dinheiro rapidamente, ele quase não dormia para investir sua grava até mesmo nas bolsas asiáticas. Antes dos 30 anos, sem ninguém saber, Jorge já tinha mais de um milhão de reais na sua conta. E seus investimentos, sempre certeiros, engordavam mais a sua conta bancária. Mas Jorge se sentia sozinho e, até pela falta de conhecimento ainda da doença, acreditava que não podia amar, que seria apenas mais um solitário pois seus relacionamentos nunca acabavam bem e para evitar mais discussões ele resolvia cada vez mais se isolar das pessoas e ser feliz a sua maneira e do que ele realmente gostava de fazer.
Cansado de relacionamentos fugazes, pediu demissão, criou um blog de dicas de viagem e decidiu rodar o mundo a procura de novas experiências, embarcando em uma jornada de descobertas de lugares e todas as outras sensações que mais ansiava seu coração. Enquanto Jorge se aventurava pelo mundo, ele mergulhava em um universo de novas sensações e descobertas. Em cada país que visitava, ele se via desafiado a se adaptar a diferentes culturas, costumes e idiomas. Com seu TEA como uma lente única através da qual via o mundo, ele percebia nuances e detalhes que passavam despercebidos para os demais.
Em cada lugar, Jorge encontrava um pedaço de si mesmo. A cada encontro, a cada conversa com estranhos, ele se descobria mais empático, mais tolerante, mais aberto ao desconhecido. Suas experiências interculturais o enriqueciam e o transformavam, moldando-o em um ser humano mais completo e consciente de sua própria singularidade: em Paris, Jorge se encantou com a arquitetura majestosa e a arte que transbordava pelas ruas. Ele passava horas observando as pessoas, tentando decifrar suas expressões e comportamentos. Na Índia, a espiritualidade e as cores vibrantes o envolveram em um turbilhão de emoções. Ele se viu refletindo sobre a complexidade da mente humana e a beleza da diversidade.

Numa pequena vila na Toscana, foi que o destino pregou sua peça e Jorge conheceu Sofia, uma artesã de sorriso cativante. Entre risos e conversas sob o luar, ambos perceberam que o amor podia surgir nos lugares mais inesperados e Juntos, embarcaram em uma nova aventura, onde o TEA de Jorge era apenas mais um detalhe na bela tapeçaria do destino.
E assim, Jorge percebeu que seu TEA não era uma limitação, mas sim uma dádiva. Sua forma única de ver o mundo era o que o tornava especial, o que o conectava de maneira profunda com as pessoas e os lugares que encontrava em sua jornada. Ele abraçava sua singularidade com orgulho, sabendo que era parte essencial de quem ele era.
E com essa nova perspectiva, ele seguia adiante, pronto para novas descobertas e desafios que o aguardavam.

Título original: “Das Atelier in Paris”
Autor: Guillaume Musso
Ano de Lançamento no Brasil: 2022
País Origem: França
As primeiras páginas, introdução, dão o peso do que será a história, mas você pensa: isso tende a ficar melhor e mais leve? Espere o imprevisível e devore rapidamente para não perder o embalo.
A escrita simples, as reviravoltas e a trama eletrizante deixam o leitor cada vez mais fascinado e torcendo para que os dois protagonistas tenham logo uma noite de amor e sexo, mas fica longe disso e parece que em cada capítulo o ódio entre eles apenas aumenta. A trama é bem construída mostra um autor dedicado aos detalhes, não deixando nada passar despercebido e entrelaçando a história de uma maneira que as dúvidas vão se dissipando a cada capítulo mas abrindo outras e tentando resolver um caso insolúvel.
Gaspard, o dramaturgo americano, bebum e insuportável (por vezes irresponsável) talvez seja o retrato de muitos homens atuais, presunçoso e irresponsável ataca quem duvida de suas opiniões enquanto que Madeline, uma policial inglesa, está desesperada em ter um filho e não quer se envolver em mais problemas. O que eles não esperavam e que teriam alugado a mesma casa/ateliê que pertenceu ao célebre pintor Sean Lorenz que criou obras de arte inesquecíveis e cobiçadas pelo mercado internacional. Como eles não conheciam toda a história do pintor e a trágica morte de seu filho, cada um à sua maneira resolve tentar descobrir um pouco mais e esta curiosidade une os dois numa busca pouco improvável: poderia o filho do pintor estar vivo um ano após ter sido noticiado sua morte? O que Lorenz procurava quando morreu? E quais as consequências de tudo isso na vida de Gaspard e Madeline?
Com um final surpreendente, o livro é intenso e traz uma bela reviravolta no final, o que me impressionou bastante e deu um belo desfecho para a trama. Abra a primeira página que você não vai mais parar de ler até chegar ao final. 9️⃣

Guillaume Musso é um escritor francês, nascido em Antibes na Riviera Francesa, um dos mais populares da França e seus livros já venderam mais de 45 milhões de exemplares pelo mundo: A Vida é um Romance, A Vida Secreta dos Escritores, A Garota de Papel, O Chamado do Anjo, A Garota e a Noite.

Na sexta-feira, dia 08 de julho, fui caminhando até o Teatro Renaissance (5 minutos de casa) assistir a ótima peça “Intimidade Indecente” com os atores Eliane Giardini e Marcos Caruso e escrita por Leilah Assumpção. Grande surpresa por que a única informação que tinha era o enredo: um casal por volta dos 60 anos que discutindo a relação resolve se separar. Apenas um sofá e sem troca de figurinos, Roberta (Eliane Giardini) e Mariano (Marcos Caruso) travam um diálogo sobre amor, traição e companheirismo. A cada encontro entre eles uma discussão e uma fase da vida vai passando e assim eles vão envelhecendo, sem maquiagens e apenas nas atuações. E assim se vê os grandes atores que ambos são em uma sintonia perfeita.
Desde o início, a peça nos traz situações dramáticas, relação conturbada com os filhos e netos, a separação do casal, as traições, a falta de tesão e os reencontros, mas a maior parte são divertidas e o riso ecoa em todo o ambiente, e mesmo com tudo isso o amor não acabou e a relação se perpetuou. Noto algo na platéia: a maior parte do público é acima dos 60 anos, em casais ou sozinhos, imagino quantos já passaram pelas situações que estão assistindo: será que estão rindo da performance dos atores ou por que podiam ter feito algo diferente no passado? Prepare-se para descontrair e cansar de dar risadas, você vai sair muito satisfeito.
Por enquanto, a melhor peça do ano.