Crítica: filme “Os Provocadores” da AppleTV+ traz um grande elenco mas deixa a desejar

$ 32.480,00 é o valor que Rory (Matt Damon) precisa para pagar custos com advogados e voltar a ver seu filho, depois de ter passado um tempo na cadeia. Numa improvável parceira com Cobby (Casey Affleck), o assalto que parecia fácil ficou mais difícil quando tudo deu errado ou quase tudo. Eles não contavam que encontrariam o prefeito Miccelli (Ron Perlman) e seus simpatizantes em uma sala e eles resolvem roubar todos. Então tudo começa a mudar: com uma boa trama e perseguição.

A combinação de ação e humor por vezes não funciona, mesmo que a interação entre Matt Damon e Cassey Affleck seja ótima as piadas não encaixem, parecem fracas. O resto do grande elenco, Toby Jones, Ving Rhames, Alfred Molina e Michael Stuhlbarg são mal explorados e poderiam entregar mais. não desponta com

O filme oferece um bom entretenimento durante 100 minutos, mas depois pode tornar facilmente esquecível.

Crítica: 🎬 “Assassinato no Fim do Mundo” traz ótima trama e é empolgante

Título original: “A Murder at the End of the World”
Ano: 2023
Episódios: 7
País: EUA 
Direção: Brit Marling / Zal Batmanlij 
Canal: FX / hulu

Composto de 7 episódios a série é misteriosa, inteligente e aconchegante, sendo um ótimo suspense sobre a evolução da inteligência artificial.

Sabe aquela série que você “acha” que não vai dar em nada? Este é um ótimo exemplo que você se surpreende logo de cara, por conta de duas cenas nos minutos iniciais: a primeira cena, com Darby Hart (Emma Corrin), caminhando pela rua com seus fones de ouvidos e ouvindo “The End” da banda The Doors e a segundo, logo após uma discussão com seu namorado, os dois bravos no carro e toca “No More I Love You’s” de Annie Lennox… é o estopim para você se apaixonar pela série. Os personagens são bem construídos e sustentam a boa trama, levando o público a permanecer interessado e tentando descobrir o assassino até o final. Além das ótimas performances de Clive Owen, Alice Braga e Brit Marling, é realmente Emma Corrin o grande acerto e com atuação estupenda que eleva o nível da série. 

A trama segue Darby, uma detetive amadora que lançou seu primeiro livro. Darby e outras oito pessoas são convidadas pelo bilionário recluso Andy Ronson (Clive Owen) a participar de um retiro em um local remoto e deslumbrante na Islândia. Quando Bill/Fangs (Harris Dickinson), um dos outros convidados é encontrado morto, Darby deve usar todas as suas habilidades para provar que foi um assassinato contra uma onda de interesses conflitantes, antes que o assassino tire outra vida. Apesar de alguns episódios serem mais lentos ou arrastados, a trama tem muito mistério, suspense e ficção científica bem explorados, assim como a inteligência de Darby que parece a única determinada a resolver o mistério.

É uma série que vale a pena assistir com um mistério inteligente e envolvente que explora temas importantes e atuais. 8️⃣

Crítica: 🎞️ “Sede Assassina” tem boa trama com grande atuação de Shailene Woodley

Título original: “To Catch a Killer” 
Ano: 2023
País: Estados Unidos
Direção: Damián Szifron

A minha visão talvez seja diferente de muitos, mas me impressionei bastante com este filme, além de cativante por que mergulha profundamente na mente de um serial killer também entregando uma experiência intensa e envolvente, desafiando o espectador a refletir sobre a complexidade da mente humana e isso, muitas vezes, é assustador… e saboroso.

O suspense tem a trama centrada em uma investigação policial para descobrir quem é o assassino em massa que está aterrorizando a população de Baltimore. A polícia investiga este atirador de elite que mata sem deixar nenhum vestígio, liderado pelo investigador-chefe do FBI, Lammark (Ben Mendelsohn) que em determinado momento vê o potencial da policial Eleanor (Shailene Woodley) e a chama para se juntar a equipe. 🙂

Lammark, além da investigação, tem que lidar com a disputas internas de poder, uma disputa de egos entre autoridades, manipulando o caso para conseguir dinheiro e influência, usando a investigação como instrumento de propaganda. No meio disso tudo Eleanor demonstra ser uma agente antissocial e problemática, mesmo sendo uma das grandes esperanças da operação para resolver o caso. Graças a sua psique conturbada, ela pode ser a única capaz de entender mente do assassino.

A narrativa habilmente construída mantém os espectadores atentos, enquanto acompanhamos a investigação o número de vítimas aumenta, o assassino cria falsas pistas e amplia o estresse de todos os envolvidos.

A performance, tanto de Ben Mendelsohn quanto de Shailene Woodley são excelentes: enquanto Ben habilmente comanda a equipe e tenta ficar longe das confusões e holofotes da polícia, Shailene, vulnerável e parecendo sempre prestes a desabar, tem uma mente conturbada devido a seus traumas do passado e que podem colocar em risco a operação. 🤔

No geral é um bom suspense, bem-executado que entretém e desafia o público a refletir sobre a complexidade da mente humana e com boas reviravoltas. 8️⃣

Crítica: 🎬 “Silo” série é intrigante e complexa mas alerta sobre opressão e poder

Título original:  “SILO”
Ano: 2023
País: Estados Unidos
Direção: Graham Yost
Canal: Apple TV+

SILO talvez seja a série mais complexa que você vai assistir nos últimos anos e com certeza uma das melhores de 2023. Propondo uma crítica social em volta do poder que algumas pessoas ou governos possuem e as relações com a sociedade. Eu fiquei entusiasmado com a série e aguardo uma segunda temporada espetacular. 😊

Deixando claro: eu não li nenhum dos livros de Hugh Howey, que é a trilogia que inspirou a série: Silo (2014), Ordem (2015) e Legado (2016), portanto não tinha uma expectativa que a adaptação para a tv poderia sofrer grandes mudanças e eu acabar me frustrando, talvez por isso fez com que eu gostasse mais ainda da série e minha opinião é baseada apenas nisso, sem nenhuma comparação com os livros.

Mas graças an Apple TV+, com uma produção impecável, a primeira temporada chega impactante e com os principais mistérios esclarecidos: o que é o SILO e porque todos estão confinados ali? A história de um mundo pós-apocalíptico bastante assustador e que o planeta está tomado por um ar altamente tóxico e mortal nos da a sensação que o Silo é o lugar mais seguro do mundo. Alguns sobreviventes começam a discutir estes mistérios e também a hierarquia, o governo e até mesmo seus trabalhos e funções nesta sociedade bastante fechada e opressora. Mas, todos tem medo, pois uma das regras é não questionar, pois quem questiona tem como punição ser enviado para fora do Silo e sofrer as consequências. Pela visão através de um vidro, quem sai normalmente acaba morto, em poucos minutos. E é essa intensa história que podemos trazer para o dia a dia e questionar o que realmente estamos fazendo e como estamos nos posicionando neste mundo real e caótico.

Seguir as regras e não discutir: toda regra sempre pode ter uma exceção e eventualmente haverá discussões do que é melhor ou não, mas determinar que a única opção e seguir a regra é uma forma autoritária típica de governos comunistas. E isso faz com que algumas pessoas se revoltem e comecem a discutir as reais intenções dos governantes que está por detrás do Silo. Por isso só, a vivência no silo é assustadora e perigosa, com regras extremamente rígidas aplicadas com a justificativa de que é melhor não saber de tudo. Está sociedade também é tão brutal com divisões de classes sociais existindo de forma completamente desigual e regadas com mentiras. Essa distopia pode ser assustadora, mas aqui é uma realidade nua e crua. Neste ponto também vale ressaltar as ótimas atuações de Roberta Ferguson, Tim Robbins e Common. 👏

Para alguns, as idas/vindas, diálogos e a morosidade em evolução da série pode soar cansativo mas tudo é necessário para o entendimento final, essa “sensação” de morosidade vai até o EPISÓDIO 6, As Relíquias, que pra mim é o mais impactante, com uma descoberta surpreendente de Juliette mudando totalmente a expectativa que eu tinha da série. APROVEITE! 9️⃣

Crítica: 🎬 “Desculpas pelo Incômodo” mostra as amarguras da terceira idade de uma forma leve e divertida

Título original: “Sentimos las Molestias”
Ano: 2022/23
País: Espanha
Direção: Ben A. Williams
Canal: Movistar (HBO MAX)

As belezas da Espanha visto pelos olhos de dois amigos que entram na terceira idade com expectativas de continuar vivendo no passado, repassam suas vidas e os conflitos da grande amizade. São duas temporadas incríveis, cada uma com 6 episódios de no máximo 30 minutos muito divertidos, boas falas e dramas na medida certa. 👏

Rafael Müller (Antonio Resisnes), renomado maestro espanhol, e Rafael Jimenez (Miguel Rellán), ex-astro de rock decadente, são amigos de longa data, mas são as diferenças entre os dois que vão dando dimensão a essa história simples e sem grandes reviravoltas.

O enredo segue num ritmo suave, mesmo com um cotidiano normal para a terceira idade: Müller e Jimenez enfrentam juntos o descarte no meio profissional, pois novos talentos vão ocupando seus lugares. As situações familiares são mais ou menos complicadas, os problemas de saúde aparecem, assim como as tristezas e as alegrias se multiplicam. E isso tudo traz uma suavidade a série, com muita emoção mesmo quando Müller começa a ter encontros secretos com a filha de Jimenez.

Na primeira temporada, a série é centrada na separação de Müller, mostrando seu ego e o desprezo até por pessoas de outra classe social. Enquanto que Jimenez ainda sonha em fazer um grande show de despedida com seus hits e vive em discussão com uma construtora que está comprando o prédio onde ele reside. As situações dos amigos são, por muitas vezes, engraçadas mesmo quando não deveriam. 😂

Na segunda temporada, os amigos tem que admitir que chegaram a terceira idade e precisam viver como tal: Müller se envolve sexualmente com a filha de Jimenez, tem que fazer as pazes com seu filho, reconstruir sua casa que explodiu e acima de tudo assimilar que foi substituído como maestro na Orquestra de Madrid. Enquanto que Jimenez tem que aceitar a proposta de venda do apartamento, acertar uma pequena quantia sobre os direitos autorais de sua carreira, assimilar que Müller tem um caso com sua filha, mas acima de tudo realizar o tratamento de um câncer de próstata que está levando-o a depressão e a vontade de morrer.

Em duas temporadas, os amigos passam por bons e maus momentos mas apesar das discussões, e acima de tudo, sempre estarão juntos. Isso é demonstrado no final da segunda temporada: os dois amigos caminham pela rua, rindo e abraçados, simples assim.

Foi um grande achado e uma das melhores séries de 2023, que venha logo uma terceira temporada. 9️⃣

Crítica: 🎞️ “Elena Sabe”, drama argentino mostra a dura realidade de uma senhora com a doença de Parkinson e a dor pela perda da filha 

Título original: Elena Sabe 
Ano: 2023
País: Argentina
Direção: Anahí Berneri

As primeiras cenas, os cinco primeiros minutos do filme são desesperadores e demonstram de forma cruel o que se passa bem na frente de nossos olhos diariamente sem termos preocupação com o futuro e, para alguns, isso pode ser devastador. 

Por mais que a trama do filme pode parecer um pouco confusa, lenta e arrastada é necessária para contextualizar a real situação vivida pela protagonista Elena, numa grande atuação de Mercedes Morán. A batalha vivida por Elena é complexa e fica mais pesada ainda quando sua filha Rita (Érica Rivas) é encontrada morta em uma igreja, a mãe não se conforma. A autópsia apurada é de suicídio, mas Elena não acredita na hipótese apontada pela polícia e então inicia uma investigação por conta própria, mesmo tendo de conviver com a doença de Parkinson.

Elena sai em busca da sua verdade, em meio à progressiva piora da doença neurológica degenerativa, mas vai descobrir mais do que a causa da morte da filha, encontrando pistas que a levam a reflexões mais profundas sobre sua relação com a filha, bem como o passado difícil vivido pelas duas. Nesta relação conturbada do passado e os flashbacks da sua memória, muito prejudicada pela doença, Elena culpa uma colega de classe de Rita de tê-la motivada ao suicídio. Mas com o passar do tempo, Elena descobre que está errada e vira sua investigação para o Padre da igreja onde a filha foi encontrada. A verdade é dura e após uma longa caminhada, Elena encontra Isabel (Mey Scápola), antiga amiga de Rita, que esclarece todos os acontecimentos, inclusive a morte de Rita. Essa conversa, apesar de clara e direta vai causar uma terrível decepção em Elena.

Elena Sabe não é uma história de superação, mas uma incrível história de desespero e mostra qual o limite do ser humano, principalmente em situações que tem de assumir responsabilidades maiores do que se imagina. 9️⃣

Crítica: 🎞️ “Amor Esquecido” bonito filme polonês é um drama de tirar o fôlego

Título original: Znachor 
Ano: 2023
País: Polônia
Direção: Michal Gazda 

Numa primeira impressão, lendo a sinopse, talvez não cause aquela expectativa de assistir a este filme, mas tenha certeza de uma coisa: a história é ótima e de pano de fundo nos mostra as belezas da Polônia.

Rafał Wilczur (Leszek Lichota) é um professor e cirurgião bem-sucedido que acaba abandonado pela esposa, trocando-o por outro homem e indo embora com a filha. Iniciando uma busca por sua família, Wilczur é espancado por capangas e perde a memória. Sem lembrar do passado, ele vai parar numa vila, que passa a contar com suas habilidades de médico. Ele aceita o convite da camponesa Zoszka (Anna Szymañczyk), que encontrou na estrada e vai morar no sítio, ali começa a ajudar os pobres da região. Uma das pessoas que Rafal ajuda é Marysia (Maria Kowalska), que sofre um grave acidente de moto com seu namorado, levando a um traumatismo craniano, para isso Zoszka precisou roubar a maleta de um médico. Rafal, além de ser levado ao tribunal pelo roubo da maleta, também é denunciado por charlatanismo (ninguém podia fazer medicina sem diploma). Com a perda da memória, ele nem imagina que a filha desaparecida está tão perto e pode ter a chance de redenção da sua vida, bem como a jornada para lembrar de uma outra vida e as reviravoltas da trama é emocionante e surpreendente do início ao fim, tornando o filme uma das melhores experiências do ano. A cena do tribunal é o desfecho da trama e vai deixar você impactado.

Atuações impecáveis em um filme maravilhoso, mas é bom de preparar pois é uma trama comovente e com fortes emoções, podendo levar você às lágrimas. 🔟

Crítica: 🎬 “As Flores Perdidas de Alice Hart” mostra a força da mulher em busca de justiça

Título original: “The Lost Flowers of Alice Hart”
Ano: 2023
País: Austrália
Direção: Glendyn Ivin
Canal: Prime Vídeo

A série mergulha na história angustiante da jovem Alice Hart (lycia Debnam-Carey), cuja infância marcada pela violência a leva a encontrar refúgio na fazenda de flores de sua avó, June Hart (Sigourney Weaver). 😰

A carta final, que June deixa para Alice, destaco o resumo de toda a série e também um incentivo para que todos denunciem os abusos, sem medo de opressão, mas será que estamos preparados para isso? “As histórias das flores perdidas são de mulheres cujas histórias foram apagadas, principalmente por homens. Homens que nunca serão responsabilizados pelo que fizeram, porque são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amantes, nossos heróis.” E essa parte é extremamente angustiante, mas verdadeira. Além disso, a narrativa da série se desenrola de forma profunda, intercala entre o passado e o presente, oferecendo ao público a infância turbulenta de Alice e como os segredos de seu passado continuaram a impactar sua vida adulta.

As Flores Perdidas de Alice Hart passa por toda esta jornada emocional e fascinante na vida de Alice Hart (Alycia Debnam-Carey), que aos nove anos de idade sofre uma perda devastadora quando seus pais morrem em um incêndio misterioso. Ela é levada para viver com sua avó June (em uma atuação sensacional de Sigourney Weaver) na fazenda de flores Thornfield, mas ela se sente culpada pelo acidente e por algum tempo não consegue mais falar. Paralelamente a isso, a mãe morta estava grávida e o bebê, com poucos recursos na cidade, é levado para Sidney de onde não se tem mais notícias. As histórias paralelas, das demais personagens da fazenda mostram o dia a dia da violência contra a mulher e que somente poucos demonstram interesse em ajudar a resolver.

Nem tudo são flores ou desespero na vida de Alice e neste novo ambiente ela vai descobrir segredos profundos e complexos que estão entrelaçados com o passado de sua família. Através das flores silvestres e plantas nativas da Austrália, ela encontra uma maneira de se expressar e mergulha em uma grande jornada.

A combinação de uma história emocionante com cenários deslumbrantes da paisagem natural australiana cria uma experiência visualmente deslumbrante. Além disso, o elenco talentoso traz emoção e autenticidade aos personagens, tornando-os facilmente identificáveis e envolvendo o público em suas jornadas pessoais e tornam a série cativante, mesmo assim eu preciso dizer que a série também é perturbadora, então se prepare para as surpresas. 9️⃣

Crítica: 💿 “But Here We Are” da banda Foo Fighters

O que você imagina quando uma banda de rock tem duas grandes perdas em tão pouco tempo? Por mais que doa, isso pode ser a inspiração para seguir em frente e lançar um dos melhores álbuns do ano.: a perda do baterista da banda, Taylor Hawkis, e a morte da mãe de David Grohl foram o gás para este petardo. 🎸

A expectativa era enorme para ouvir o novo disco da banda Foo Fighters e eles não decepcionaram: em alguns momentos, traz a fúria do passado e outros, apesar do peso, traz reflexões que podem levar as lágrimas. E talvez esta seja a mais fácil para você saber o que a banda está sentindo, “Rest”: “Descanse, você pode descansar agora / Descanse, você estará segura agora / Descanse, você pode descansar agora / Descanse, você será salva agora”. Enquanto “The Teacher”, com dez minutos de duração, vai do peso das guitarras a balada e comove: “Você me mostrou como precisar / Nunca me mostrou como me despedir / Você me mostrou como lamentar / Nunca me mostrou como me despedir”. “Rescued” e “Under You” são ótimas, mas o petardo “Nothing at All” entrega o peso da Banda em versos como: “Eu vou sobreviver ou talvez não / Eu posso mentir e dizer que não”… “Talvez eu seja insaciável / Estou me sentindo tão sensacional”. Enquanto “Beyond Me”, “Show Me How” e “Hearing Voices” carregam dor, amor paixão e são petardos que confirmam o grande álbum da banda.

The Glass”, pra mim a melhor faixa do álbum é uma das melhores músicas do ano: “Eu tive uma visão de você, e assim / Eu fui deixado para viver sem isso”… “Esperando essa tempestade passar / Esperando deste lado do vidro / Mas eu vejo meu reflexo em você / Veja seu reflexo em mim”.

But Here We Are, expõem todas as faces e feridas da melhor banda de rock da atualidade no melhor álbum do ano. PERFEITO! 🔟

Crítica: 🎬 “Operação: Lioness”, série de espionagem traz atuações convincentes

Título original: “Special Ops: Lioness
Ano: 2023
País: EUA 
Direção: Taylor Sheridan
Canal: Paramount+

Difícil não gostar desta série, além de um ótimo elenco, conta com participações especiais de nomes como Morgan Freeman e Bruce McGill, além de um misto de ação e suspense ter sido bem dirigido por John Hillcoat, Anthony Byrne e Paul Cameron. A produção aborda um tema importante e atual: o combate ao terrorismo, apresentando uma história repleta de ação e suspense, produzida por Nicole Kidman e Zoë Saldaña. Você não vai se arrepender.

A trama foca principalmente no velho medo dos americanos, o terrorismo, que se intensificou após os acontecimentos de 11/09: qualquer terrorista deve ser eliminado, evitando assim atentados e mortes desnecessárias de cidadãos no futuro e jogando uma luz no que está acontecendo no mundo afora atualmente.

Além disso, a série aborda temas complexos, como a ética na guerra e os dilemas morais enfrentados pelos soldados, incluindo também as divergências dentro da Casa Branca de qual seria a melhor ação e as consequências que isso pode desencadear. Desta maneira a trama é construída de forma a manter o espectador intrigado e curioso, com reviravoltas e revelações que mantêm o suspense ao longo dos episódios. A narrativa também é bem estruturada, com um bom equilíbrio entre as cenas de ação e os momentos de desenvolvimento dos personagens. Joe (Zoë Saldaña), além de ser a agente de campo responsável também vive situações familiares impactantes com o marido Neil (Dave Annabel) e a filha adolescente Kate (Hannah Love Lanier) e dosar estas questões diariamente nos mostra que podem ser extremamente estressantes. Enquanto Kaitlyn Meadle (Nicole Kidman) ainda mantém um casamento de fachada e vantagens. Tanto Nicole quanto Zoë tem ótimas atuações, mas sem dúvida é Cruz Manuelos (Laysla de Oliveira) quem rouba a cena e tem a melhor atuação de todo o elenco, entregando uma performance convincente e cativante, transmitindo suas emoções de forma autêntica. Isso fica claro quando Cruz tem uma avassaladora e tórrida paixão por Aaliyah Amhori (Stephanie Nur) filha do alvo principal da missão que Cruz precisa eliminar. E neste momento você levanta a dúvida se Cruz está realmente envolvida emocionalmente ou está fingindo para cumprir a missão, mas o diretor sabe dosar a questão e leva o suspense ate o episódio final da série.

No geral, “Operação Lioness” é uma série que aborda um tema mundial importante e apresenta atuações convincentes dos atores, mas que poderia ser mais audaciosa, principalmente num ritmo frenético com cenas de ação, mesmo assim é uma das melhores do ano. 8️⃣