1clássico: Radiohead – “Creep”

Taí uma banda que é fácil de falar e com inúmeros hits: a banda britânica Radiohead. Provavelmente muitos vão dizer que outras músicas são clássicas, como: “Karma Police”, “Paranoid Android”, “Fake Plastic Trees”, “Just”, “My Iron Lung”, “No Susprises”, “How to Disappear Completely”, “Kid A”, “Lotus Flower” ou “15 Step”, mas o primeiro álbum da banda Pablo Honey traz a beleza de “Creep”.
Parece até engraçado: a estreia da banda foi em 1985 e apenas em 1992 eles lançaram o single “Creep” sem sucesso e com pouca repercussão no Reino Unido, mas foi somente em 1993 com o lançamento do primeiro álbum que a balada mostrou a força da banda que vinha para ficar. Thom Yorke, líder e compositor, fez uma música extremamente depressiva, mas ao mesmo tempo bela. Por isso “Creep” é um dos meus clássicos da banda.

Longa vida ao Radiohead e as esquisitices e maluquices de Thom York.

Quando você esteve aqui antes / Nem pude te olhar nos olhos / Você é como um anjo / Sua pele me faz chorar” 

“Mas eu sou uma aberração, um esquisito / Que diabos é que eu estou fazendo aqui / Este não é meu lugar”

“Seja lá o que te faz feliz / Seja lá o que você deseje / Você é especial pra caralho / Eu queria ser especial”

1clipe: Vivendo do Ócio – “Cê Pode”

A banda baiana Vivendo do Ócio, uma das melhores da safra do novo rock brasileiro, acaba de lançar o novo álbum com o nome da banda e o clipe da música “Cê Pode”, que foi lançado em 2019 puxa o lançamento depois de 5 anos sem gravações. Confere o som.

De cara já vai o recado e embalado em guitarras certeiras eles avisam:
“Cê pode ser livre” e outro ponto “Quê adianta riqueza e pobreza de alma? / Adianta ter tudo e viver numa jaula? / Cê pode ser livre, seja o que quiser”.

@vivendodoocio #vivendodoocio

 

1lançamento: Gorillaz – Aries (clipe)

Muito bacana o novo clipe da banda Gorillaz, com participação de Peter Hook & Georgia – Aries: em época de isolamento social, mostra a banda rodando por uma cidade fantasma, sem ninguém pelas ruas. No final do vídeo 2D, com sua máscara de proteção, avisa: “Fique em casa, fique seguro. Ah, e continue lavando as mãos.”

retro2019: 8 clips mais legais do ano

2019 ver ou ouvir, teve muita coisa boa acontecendo. Vamos começar falando de clips legais que bombaram no ano.

Vampire Weekend – This Life
Ótima música e clip em preto e branco.

7° Weezer – Take on Me

Grande homenagem ao A-ha, ficou muito bom.

6° Stereophonics – Fly Like an Eagle

Clip do novo album, KIND, e single matador: diversidade e superação.

 

5° Lil Nas X ft. Billy Ray Cyrus – Old Town Road

Estourado no mundo todo, o encontro do rap e country estremeceu o cenário musical do ano.

 

4° Billie Ellish – Bad Guy

Com 17 anos lançou um discaço e colocou “Bad Guy” entre as melhores músicas do ano (só espero que não seja uma nova Lorde e desapareça logo) e o clip é muito legal.

 

3° Post Malone – Circles

O cara colocou o album entre os melhores do ano, “Circles é um petardo e o clip sensacional.

 

2° Tones and I – Dance Monkey

Uma das grandes surpresas do ano e clip alto astral: dance para mim.

 

1° Coldplay – Orphans

A banda retornou este ano com o ótimo album Everyday Life, clip excelente e refrão pegajoso: “Eu quero saber quando posso, voltar e ficar bebada com meus amigos”.

1clipe: Coldplay- Orphans

E o Coldplay retornou em grande estilo: o novo álbum se chama Everyday Life e será lançado ainda em novembro. Mas já estão rolando três faixas bem promissoras: “Everyday Life”, “Orphans” (com clipe lançado) e “Arabesque”. Mas pode este novo álbum ser o melhor álbum da banda? COM CERTEZA. Escute as faixas lançadas e tire suas conclusões:
“Orphans” é pop rock até o talo, com uh uhs e refrão pegajoso: “ I wanna know when I can go / Back and get drunk with my friends” (Eu quero saber quando eu posso / Voltar e ficar bêbada com meus amigos). A letra conta a história de Rosaleen que morreu cedo por conta de uma chuva de mísseis na sua cidade, mas que parece estar no purgatório e suplicando para voltar e viver ainda mais intensamente a vida com seu pai e amigos. Apesar da letra triste a música é acelerada e já com clipe lançado promete estourar facilmente nas paradas mundiais.
“Everyday Life” é uma balada grandioso ao melhor estilo da banda, piano e violão ditam o ritmo de uma letra que questiona como o mundo está e se nós seremos o futuro ou apenas um ponto na história: “Como no mundo eu vou ver? / Você como meu irmão / Não é meu inimigo?”
“Arabesque” tem versos em francês e é levada com instrumentais de Femi Kuti e sua banda. Não é a obra prima, mas a levada é bem legal e mostra toda a versatilidade do Coldplay.

E o primeiro clipe para curtir é a excelente “Orphans”, começaram muito bem.

 
 

A música POP que EU AMO ODIAR #1

POPMusicEu sou rockeiro e curto: LED ZEPPELIN, PINK FLOYD, RAMONES, THE DOORS, NIRVANA, CREDENCE CLEARWATER REVIVAL, PEARL JAM, TITÃS, LEGIÃO URBANA, PLEBE RUDE, BARÃO VERMELHO, ENGENHEIROS DO HAVAII, PIXIES, PARALAMAS DO SUCESSO, TALKING HEADS, U2, CAPITAL INICIAL, STEPPENWOLF, O RAPPA, RADIOHEAD, THE WHO, QUEEN, DIRE STRAITS, DISHWALLA, AUDIOSLAVE, AWOLNATION, EAGLES, FOO FIGHTERS e mais alguns. Não curto rock pesado, mas não posso deixar passar uma banda fodona como AVENGED SEVENFOLD e o petardo “Hail to The King” ou a versão arrebatadora de “Wish You Were Here”. Nem a versão poderosa de “Sound of Silence” que a banda DISTURBED levou a outro patamar. E tem, logicamente, uma vertente do rap brasileiro com Criolo, Mano Brown, Emicida, Projota e Racionais MCs que merecem ser ouvidos, sem constrangimento ou rótulos. Também um pouco de jazz, soul, música sertaneja de raiz, música gaúcha antiga: sou muito seletivo ou muito enjoado? Enquanto muitos falam que são ecléticos, que gostam de todo o tipo de música, eu sou rockeiro, simples assim. Não entra na minha cabeça (ou nos meus tímpanos) ouvir um funk proibidão ou um sertanejo sofrência? O fato é que meu estilo de musica é o ROCK e estamos entendidos.

Mas ultimamente alguns lançamentos da música POP tem me chamado atenção. E como distinguir o que é pop ou não? Por exemplo, eu gosto do pop rock ou rock indie de bandas como: SKANK, JOTA QUEST, THE DEARS, JAMES BAY, MAGIC, MAGIC NUMBERS, MAROON5, e outros. Por outro lado não gosto de pop descartável e muitas vezes direcionado às paradas de sucesso e com refrão pegajoso: lembra PSY ou LUIZ FONSI? O que fizeram além de suas músicas chicletes? Paralelamente a isso os escritores americanos David Hatch e Stephen Millward definiram a música pop como “um conjunto musical que é distinguível da música popular, folclórica e do jazz“, ou seja algo fácil para chegar às massas e vender. Não sei se é uma boa definição, mas é o que os “entendidos” falaram.

Mas, tirando essas questões divergentes a música pop tem uma safra de bons cantores, intérpretes e letristas que me chamam atenção, a música pode ou não ser um mega hit, mas algumas vezes tem versos bacanas e a levada pop atinge o grande público. E este é o meu caso ao escrever:

A MÚSICA POP QUE EU AMO ODIAR.

#1 Kell Smith – Era Uma Vez
A música fala sobre a infância, como era simples quando éramos crianças e como algumas vezes queríamos crescer mais rápido para ter independência, e agora que temos essa independência não é o que gostaríamos, então os desgostos da vida de adulto são retratados e vem aquela saudade de voltar a ser criança. A letra é bem legal, mas o refrão é sensacional:
“É que a gente quer crescer / E quando cresce quer voltar do início / Porque um joelho ralado / Dói bem menos que um coração partido”

1clássico: Steppenwolf – Born to be Wild

Se tem uma banda que eu não gosto, mas tenho que dar o braço a torcer porque fez um dos maiores hinos do rock mundial, chama-se Steppenwolf. A banda foi criada em Toronto, Canadá, no ano de 1967 e em 1968 lançou o primeiro LP, onde encontramos esta pequena pérola: “Born to be Wild” (“Nascemos para ser Selvagens”). Em 1969 a música ficou ainda mais em evidencia porque fez parte da trilha sonora do filme Easy Rider, (Sem Destino), estrelado por Peter Fonda, Dennis Hopper e Jack Nicholson.

“Eu gosto de fumaça e relâmpagos / O trovão do heavy Metal”.
“Como um verdadeiro filho da natureza / Nós nascemos, nascemos para ser selvagens”.
“Deixe seu motor funcionando / Pegue a estrada / Em busca de aventura / Em tudo o que aparecer em nosso caminho”.

1clássico: Simple Minds – Don’t You (Forget About Me)

Simple Minds

Quando a banda Simple Minds surgiu em 1978, em Glasgow (Escócia), muito gente os comparou ao U2 que havia surgido dois anos antes. Mais aclamada pela crítica do que pelo público, a banda obteve algum sucesso com “Promised You a Miracle”, “Glittering Prize” e “Alive and Kicking”. Mas a banda gravou a música “Don’t You (Forget About Me) (Não se Esqueça de Mim) para o filme The Breakfast Club (O Clube dos Cinco) que foi lançado em 1985 e estourou em todas as paradas pelo mundo, ficando em evidência entre 1985-1987. E daí todo mundo achou que a banda lançaria a música no disco Once Upon a Time, mas não rolou e só foi gravada na coletânea Glittering Prize 81/92, em 1982.

Mesmo assim a canção ainda hoje é o grande clássico do Simple Minds, composta por Keith Forsey and Steve Schiff, toca em qualquer festa e é um baita rock que ganha muito peso ao vivo com versos como: “Conte-me suas preocupações e dúvidas / Entregando-me tudo, por dentro e por fora / O amor é estranho, Tão real no escuro” ou “Nós venceremos no final / Eu não te prejudicarei / Ou tocarei suas defesas / Vaidade e insegurança” ou “Não se esqueça de mim / Eu estarei sozinho dançando, Você sabe disso, baby / Vou desmontar você em pedaços / Nos construiremos novamente, juntos, no coração, baby”. Mas o grande ápice é já na abertura e o refrão: “Hey, hey, hey, hey”.

1clássico: Led Zeppelin – Since I’ve Been Loving You

Eu acho que o LED ZEPPELIN, junto com o Pink Floyd, é a melhor banda de rock de todos os tempos. Não tem como dizer que uma é melhor do que a outra, assim como não tem como escolher apenas 1clássico do Led. Pensando assim, esta é a primeira resenha desta excepcional banda. E uma das grandes é “Since I’ve Been Loving You”, do álbum Led Zeppelin III, lançado em 1970. A gravação desta balada blues ao vivo, tem solos intensos da guitarra de Jimmy Page e Robert Plant descarrega a dor de um “corno metaleiro (?)”.
“Trabalhando das sete às onze, todas as noites / Isso faz da vida um saco, acho que isto não está certo / Eu realmente, tenho bancado o perfeito idiota eu fiz o que pude… / … / Você se lembra mulher, quando eu bati em sua porta? / Eu disse que você se atreveu a me falar que não me queria mais, é / Eu abro minha porta da frente e escuto minha porta dos fundos bater / Você deve ter um desses amantes mais jovens.”

1cd: Paralamas do Sucesso – Sinais do Sim

É claro que o rock evolui, mas que bandas brasileiras de rock fazem grande sucesso? Não Paralamas-Do-Sucesso. - Sinais do SImtem. Podemos citar boas bandas como: Maglore, Los Porongas, Vivendo do Ócio, O Teatro Mágico, O Terno, Boogarins, The Muddy Brothers, Vanguart, Far From Alaska, Scalene, Autoramas, Supercombo, Ego Kill Talent, e algumas outras, mas nenhuma, nenhuma mesmo, vai fazer o estardalhaço que grandes bandas do rock nacional fizeram nos anos 80, do Rio Grande do Sul à Bahia.

Mas o melhor é que as bandas dos anos 80 estão ressurgindo e sempre com ótimos álbuns, que é o caso deste “Sinais do Sim” da banda Paralamas do Sucesso. Simples, direto e cheio de hits. A Paralamas-Do-Sucessomúsica de abertura “Sinais do Sim”, já demonstra que o bom e velho Paralamas do Sucesso não perdeu a mão para compor: “Eu sei que teu coração é meu / Que algo em mim te convenceu / De que o melhor está por vir”.
As baladas ainda continuam em alta e “Teu Olhar” explora bem isso, “Sempre Assim” tem levada reggae típica dos Paralamas, enquanto que “Contraste” já inicia com o barulho de guitarras, que chega a lembrar Santana. “Medo do Medo” era um rap português. Sim, era, pois virou um baita ska.

As duas melhores músicas do disco, pelo menos pra mim, são: “Corredor” rock básico e “Não Posso Mais”, com muito swinge e refrão pegajoso, hit radiofônico certeiro: “Eu não posso mais / Não posso mais / Não posso mais / Não posso mais viver / Sem você”.
Sim, sou nostálgico. E por isso, este é um dos melhores lançamentos do rock nacional do ano (pelo menos, por enquanto).