
Preparando o lançamento do novo álbum, People Who Aren’t There Anymore, para o início de 2024 a banda Future Islands lança o clipe de “The Tower“. Confere aí.

Preparando o lançamento do novo álbum, People Who Aren’t There Anymore, para o início de 2024 a banda Future Islands lança o clipe de “The Tower“. Confere aí.

Loss of Life é o nome do novo álbum da boa banda MGMT (Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser) com previsão de lançamento em fevereiro/24, mas o novo clipe está lançado, “Mother Nature” é fofo e ao mesmo tempo sombrio. Confere aí.

Falar do Black Sabbath é fácil, difícil foi definir sobre qual o clássico que eu iria escrever, pois os petardos vem desde o início (1968) da banda britânica de heavy metal nascida em Birmingham. O Black Sabbath foi (e ainda continua sendo) uma das maiores bandas de rock do mundo e a fase com o vocalista Ozzy Osbourne, junto com Geezer Butler, Tony Iommi e Bill Ward trouxe os maiores sucessos. Eu estava em dúvida sobre qual música escrever, entre “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs“, “Hole in the Sky”, “Who Are You?”, “The Wizard”, “Die Young”, “Headless Cross” ou “Changes”, lembrei de “Sabbath Bloody Sabbath” que está no quinto álbum da banda lançado em 1973, Sabbath Bloody Sabbath.
Por isso, o meu primeiro clássico da banda Black Sabbath é “Sabbath Bloody Sabbath” e vou te contar o porque agora.
Os ótimos riffs de guitarra da música, a introdução atmosférica e misteriosa imediatamente prende a atenção do ouvinte, preparando o terreno para o icônico riff de guitarra que se segue. A voz distintiva de Ozzy Osbourne é uma camada adicional de intensidade à faixa.
A letra da música é bem legal e com versos reflexivos: “Você tem visto a vida por uma mente distorcida / Você sabe que tem que conhecer / Como funciona a sua mente” em outro momento “As pessoas que te prejudicaram / Você quer que elas se danem / As portas da vida se fecharam pra você / E não há mais volta”…”Para onde você vai correr? / O que mais você pode fazer? / Não haverá mais futuro / A vida está acabando com você”. Um refrão poderoso: “Ninguém nunca lhe dirá / Quando você quiser saber os motivos / Eles apenas dizem que você agora está só / Enchendo a sua cabeça de mentiras”.
Além de tudo isso, cabe ressaltar que “Sabbath Bloody Sabbath” é uma peça inegável da história musical, capturando a essência da influência que o Black Sabbath teve no desenvolvimento do heavy metal, definindo alguns padrões para futuras gerações. A música continua sendo uma escolha popular para os amantes do gênero, testemunhando a habilidade duradoura da banda em criar composições que ressoam no âmago dos fãs do rock. Um clássico essencial para velhos e novos amantes do rock.

Sobre a banda Os Mutantes (wikipedia): é uma banda brasileirade rock psicodélico formada durante o Movimento Tropicalista no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias. Também participaram do grupo Liminha e Dinho Leme e é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro de todos os tempos. 🎸
A música “Balada do Louco” (lançada em 1972) da banda brasileira Os Mutantes é um clássico do rock nacional que está presente no álbum “Mutantes e seus Cometas no País do Baurets” e apresenta uma combinação de psicodelia, rock e elementos folclóricos, a música cativa os ouvintes com suas letras poéticas e atmosfera envolvente. No entanto, alguns podem argumentar que a produção musical é datada, refletindo a época em que foi lançada. Apesar disso, seu legado e influência na cena musical brasileira continuam inegáveis, tornando-a uma peça essencial para quem aprecia a riqueza da música brasileira.No entanto, mesmo reconhecendo suas qualidades, a falta de linearidade da música é algo que chama atenção, visto que a canção não segue uma estrutura musical convencional, com uma introdução, refrão e verso definidos e isso pode dificultar a assimilação da letra.
Além disso, a escolha de linguagem metafórica na canção pode tornar seu significado ambíguo e difícil de ser compreendido numa primeira audição. Embora letras enigmáticas possam ser interessantes para alguns ouvintes, elas também podem afastar aqueles que buscam uma conexão mais direta e imediata com a música. “Dizem que sou louco por pensar assim / Se eu sou muito louco por eu ser feliz / Mas louco é quem me diz / E não é feliz, não é feliz”.
Outro ponto a ser considerado é que, apesar de trazer elementos inovadores para o cenário do rock brasileiro da época, a sonoridade da música pode parecer datada para os ouvintes contemporâneos. No entanto, é importante reconhecer o impacto cultural e inovação que a banda trouxe nesta música e foi um marco importante na cena musical brasileira, influenciando muitos outros artistas. Com tudo isso, a música ainda é digna de apreciação e reconhecimento pela sua originalidade e virou um clássico do rock nacional. “Eu juro que é melhor / Não ser o normal / Se eu posso pensar que Deus sou eu / Sim sou muito louco, não vou me curar / Já não sou o único que encontrou a paz”.
Ney Matogrosso, Rita Lee, Tianastacia e até KLB regravaram a música, mas a versão que mais me encanta é da banda pesada Manuche, confere aí como um clássico ainda pode ser “desconstruído” sem perder a magia. Sobre a banda Manuche: fundada em março de 2012 por Tom Gil e Feeu Moucachen faz um blues rock nacional. Ambos atuantes na cena musical de São Paulo com projetos independentes desde o inicio dos anos 2000, resolveram unir forças para produzir um som autoral autêntico que traz desde influências do blues elétrico das décadas de 50 e 60 ao tradicional rock’n’roll ainda entoado pelos Rolling Stones e AC/DC.

Mais uma boa banda que está em evidência por seus covers bem gravados, Hindley Street Country Club. É o caso aqui de “Nothing’s Gonna Stop Us Now” da banda Starship grande sucesso dos anos 80 (o maior sucesso da banda e um clássico até hoje). O grupo australiano foi criado em 2017, em Adelaide, pelos músicos Constantine Delo e Darren Mullan.

É gratificante você ver uma das melhores músicas brasileiras de todos os tempos ser “desconstruída” e virar uma das melhores versões já realizadas. Este é o caso aqui: uma versão pop rock PERFEITA. A parceria de Renato Teixeira e Almir Sater virou um hino da música sertaneja imortalizada na voz de Almir Sater. A versão deste grande sucesso é de Guilherme Schwab, ex-integrante da banda Suricato. Se esta música é a porta de entrada para a carreira solo, com certeza vem muita coisa boa pela frente. Aproveite.

“Emotion Sickness” é o novo single da banda Queens Of The Stone Age e, chega junto ao novo álbum “In Times New Roman…”, entrega o mesmo QOTSA dos velhos tempos e com refrão simples e matador: “Amor, não se importa comigo”.

O CHVRCHES chamou Robert Smith, o líder do The Cure, para abrilhantar essa música: “Estou escrevendo um livro sobre como ficar consciente enquanto você se afoga / E se as palavras flutuarem para a superfície / Vou mantê-las submersas / Esta é a primeira vez que eu sei”.

Após o lançamento do álbum Inside Problems, em 2022, Andrew Bird juntou forças com Phoebe Bridgers no single de fim de ano “I Felt a Funeral, in my Brain”. A canção tem um instrumental delicado, melancólico e triste que combina bem com as letras que relatam depressão.
Antigamente era fácil falar do rock nacional, pois várias bandas surgiam em todo o país. Mas isso mudou com a chegada dos anos 2000: bandas dos anos 70/80 se consagraram mas as poucas que surgiram nos anos 2000 foram fracas ou sumiram depois de um pouco de sucesso. Outras apostas deram uma guinada devido a pandemia e foram para um lado mais pop, com ecos de mpb, ou seja, o rock nacional tem uma boa safra mas vive sem uma grande banda nova para apostar. Novidades legais e com boas letras e peso na medida certa é Zander, Molho Negro, Elefante Cinza e Rubah, mas será que terão vida longa? João Gordo lançou um petardo, enquanto Maglore, Wry, Bratislava e Terno Rei estão mais pop. O Teatro Mágico segue firme, enquanto Vanguart e Titãs continuam a saga de referência e com boas músicas. Aprecie tudo com muita moderação porque tem muita coisa boa para ser descoberta
22 – “Acorda Pedrinho” – Jovem Dionísio
Não tem como ficar de fora, a música mais ouvida e chiclete do pop rock do ano foi essa da banda de Curitiba Jovem Dionísio, mas será que a banda pode sofrer um síndrome de “Ana Júlia”?
21 – “Nós Nesta Cidade” – Rota de Pedestre
A banda gaúcha soltou este petardo, uma singela balada com forte influência dos Engenheiros do Havaii: “Enclausuradas no peito / levadas pra frente no pleito / falseando a liberdade / fatiando pela metade / meias verdades”.
20 – “Apocalipse Só” – Titãs
A primeira música do álbum é uma delícia: gritos tribais, coro infantil e ao fundo batida pesada, para explodir com a entrada de Sérgio Brito e deixar todo mundo feliz, num discurso direto sobre a crise climática: “O céu / Espelho do chão / Fumaça / Engole avião”.
19 – “O Amor é Assim” – Vanguart
A banda de Cuiabá mostra que o folk rock é maravilhoso e com uma levada a Keane emplaca uma bela letra: “Faz comigo O que a fogueira faz com a noite / Faz comigo O que o outono a flor de ipê / Faz de mim Um troco firme pra você”.
18 – “Cegueira Demente” – Fud’s Gang
Um apito de trem é o início para uma triste despedida nesta boa descoberta no apagar das luzes no final do ano: “Cada um escolhe o trem a tomar / O meu está partindo e eu vou correr lá / A despedida é sempre um momento de dor / Nossos caminhos não vão se encontrar nunca mais”.
17 – “Eles” – Maglore
Maglore voltou com um dos melhores álbuns do ano e esta música é uma forte crítica política: “Eles / Reivindicaram nossa proteção / Mentindo sobre a própria criação / Do seu sistema podre de cifrões / Tanta miséria”.
16 – “Pra Onde Eu Vou” – Wry
A banda de Sorocaba é uma das melhores do rock alternativas e lançou o primeiro álbum totalmente em português e está música comprova a alta qualidade: “Eu sinto que agora estou no lugar / Mesmo sem saber se vão me querer / Penso todo dia se vale a pena fugir mais uma vez”.
15 – “Escorpião” – Bratislava
A balada entrega uma letra simples e cativante. “Se você me quer / Me prende, me morde, mostra quem você é / Me sinto mais vivo quando abro o coração / Eu durmo tranquilo no colo do escorpião”.
14 – “1 = 2” – Scalene & Gabriel Zander
O rock do Scalene fica mais pesado nesta música com participação do Gabriel Zander e que fala sobre emoções: “Monstro querubim / Morte e vida sem fim / Mundo interior / Mora medo sedutor”.
13 – “Preciso Falar” – Titãs
Eu nunca imaginei a banda cantando uma música sobre o mundo LGBTQI+, mas esta aqui ficou ótima. “Demorei pra perceber / Demorei pra entender / Eu sou homem, você também / Eu te quero, o que é que tem?”.
12 – “Decolagem/Pouso” – Zander
Mesmo nesta música mais pop a banda colocou o peso do seu rock alternativo, com participação de Scatolove e um refrão grudento: “Decolar / Decolar ao Sair”
11 – “Esperando Você” – Terno Rei
O início já é direto “Como os dias são pequenos / Eu prefiro ir devagar / Eles querem tudo, e tudo eu não posso dar” e a balada explode numa grande declaração de amor.
10 – “Não Nasceu Para Brilhar” – Molho Negro
E Belém do Pará tem rock e dos bons, isso se comprova no novo e pesado álbum da banda Molho Negro e na ótima música que tem refrão descolado: “Mas eu preciso encontrar / Como faz pra se curar / Não adianta espernear / Não nasceu para brilhar”.
9 – “Cúpula do Horizonte” – Elefante Cinza
A “banda” é o músico carioca Rodrigo de Andrade e empolga. É um indie rock de qualidade que emplacou esta música “Cúpula do Horizonte” com boa qualidade na letra e instigante em versos como: “Quando já não tem mais jeito / Você me constrói” e “Finja / Fuja / Um Segundo pra Você / Para Nós Dois” e acordes leves de guitarra.
8 – “Cinza” – O Teatro Mágico
Esta música remete aos anos 80 e a banda Legião Urbana, poesia concreta e de muito bom gosto, é uma das melhores do álbum: “Céu arranhado / Janelas, tramelas cerradas / Ideias congestionadas / Trancas em todo coração” e explode num refrão pegajoso “A cidade que pulsa em mim / Também me expulsa”.
7 – “Parabólicas” – DINGO
A banda gaúcha de indie rock, emplaca a ótima “Parabólicas” um pop cheio de esperança na letra que fala em como deve ser o futuro em versos como: “E as parabólicas coladas na fachada / Mandam sinais de vida pela madrugada / Se o universo é um oceano infinito / O que é certo, o que é real e o que é bonito?”.
6 – “Aquário” – menores atos
A banda carioca entrega esta triste e emotiva música, nos traz calma e com gostinho de quero mais depois deste refrão maravilhoso: “não precisa se preocupar / já estou onde eu queria estar / me sinto em casa”.
5 – “O Que Deus Quiser” – Vanguart
“Eu penso tanto, mas não sei fingir / Acordo e vejo, eu quero estar aqui / E lá vem você com algo a me dizer / Eu vou mudar o que eu puder, aceitar o que vier”, a bela poesia do Vanguart extrapola nesta balada.
4 – “Tenho” – João Gordo
João Gordo “destruiu” esta música e fez uma versão definitiva: peso na medida certa para eternizar.
3 – “Dinossauro” – Rubah
O mineiro Rubah mostra peso nesta música com muitas guitarras e cunho político: “Antigamente em tempos remotos, a terra era redonda, não pensávamos em paz… Apostamos tudo na queda do muro… Foi há muito tempo atrás, a crença nos tribunais…”. Perfeita.
2 – “Dias da Juventude” – Terno Rei
Uma das melhores e inovadoras bandas do rock nacional entrega sentimento de nostalgia, amizade, vontade de voltar ao passado e muitas lembranças da juventude nesta baladaça: “Eu quero te lembrar dos dias da juventude / Noite legal, viagem sem fim / Da boca no ouvido e a cabeça na lua / Noite legal, viagem sem fim /Da boca no ouvido e a cabeça na lua”.
1 – “Almaflor” – O Teatro Mágico
Quando OTM lançou essa música com abertura já subindo um “Ô ô ô” e os primeiros versos já propagando superação “Quando isso tudo passar por nós / Não tenha medo de nada / Seremos porto seguro / E tudo que tarda não falha” já cravei como uma das melhores músicas do ano. E o fato é que a música é maravilhosa.