1clássico: The Cure – “In Between Days”

A banda britânica The Cure tem uma carreira de altos e baixos, apesar de ser uma grande banda do rock mundial é ainda definida como alternativa e gótica. Liderada por Robert Smith (vocal), passando por várias formações mas a última conta ainda com Roger O’Donnell (tecladista), Jason Cooper (baterista) e Reeves Gabrels (guitarrista). A banda emplacou vários hits como: “Boys Don’t Cry”, “A Forest”, “Let’s Go to Bed”, “The Walk”, “The Lovecats”, “Close to Me”, “Lullaby”, “Lovesong”, “Friday I’m in Love”, “Pictures of You”, entre outros.

O meu clássico da banda é “In Between Days” (Dias Intermináveis), desilusão amorosa e dançante, marca um dos melhores momentos da banda: “Ontem fiquei tão velho / Eu senti que poderia morrer / Ontem fiquei tão velho / Me deu vontade de chorar” e depois “Ontem eu fiquei com tanto medo / Eu estremeci como uma criança / Ontem longe de você / Isso me congelou por dentro”. Mas o refrão chuta o balde e manda tudo para o espaço: “Prossiga, prossiga / Apenas vá embora / Prossiga, prossiga / Sua escolha está feita / Prossiga, prossiga / E desapareça / Prossiga, prossiga / Para longe daqui”.

The Cure é para aqueles dias escuros, mas com uma pitada de luz de sol radiando.

clássico gótico

1clipe: Placebo – “Beautiful James”

euOVO

Depois de “Jesus’ Son” de 2016 (última música inédita), a banda Placebo lança a nova música “Beautiful James” que estará no seu 8º álbum de estúdio. Segura aí.

Dia da Cachaça

Hoje é o dia da marvada, da cachaça, da pinga, … ou o nome pelo qual você conhece essa iguaria. Mas uma coisa é certa: independente do momento, pura ou uma caipirinha (caipirinha raiz), é uma delícia. E para demostrar isso, olha só a inspiração que o rock teve com ela. Três petardos, que ao meu ver, se conectam com o tempo e elevam a idolatria da nossa bebida oficial. E nesta levada as três músicas se rock que vão fazer você sentir vontade de provar (se ainda não provou) a deliciosa cachaça ou pinga e comemorar.

No meu entendimento a principal delas é “Um Copo de Pinga” da banda Titãs, lançada em 11/1995, no álbum Domingo. A banda foi muito feliz em detalhar os dias da semana e como é realizado o processo da fabricação da cachaça num engenho, com uma batida cadenciada violão e pandeiro com letra inteligente. Essa música parece que nasceu para que as demais se encaixassem numa trilogia que demonstra fabricação, divagação e resultado da “marvada” nas nossas ações (as outras duas não são dos Titãs).

A segunda melhor música, nasceu um ano depois com a banda Pato Fu e “Pinga”, no álbum Tem Mas Acabou (1996). A música é divertida e parece seguir a evolução da “marvada”, observe o trecho: “Eu tomo pinga / Eu não sei o que é melhor pra mim / Eu tomo pinga / Mesmo já sabendo o que vai dar no fim / Eu tomo pinga / Será que eu tô gostando de viver assim? / Eu tomo pinga / Será que isso é bom ou ruim?”. Parece a evolução da música dos Titãs.

E que vai culminar na música “Cachaça” da banda Vanguart , lançada apenas em 2007 no primeiro álbum da banda de Cuiabá (MT). E que chega depois de um monte de singles, desde 2002. O que chama atenção na letra de “Cachaça” é que sai da mesmice dos versos simples: “E só me vem quando não há certeza / Me desconjuros pra apagar a beleza / Da incertidumbre das mesmas mãos que as suas / E me atinge da melhor maneira / Como cânhamo ou cachaça certeira / Pra antecipar a quarta-feira”.

Tudo muito simples, mas necessário para lembrar que a cachaça ou pinga é uma bebida que nos leva aos piores e melhores sentimentos. VIVA A CACHAÇA.

1clipe: Imagine Dragons – Lonely

A banda Imagine Dragons lançou o novo álbum “Mercury – Act 1” e o single “Lonely”. Depois do último álbum de 2018, este é muito esperado.

2020vocêOUVIU: principais CDs Nacionais

Filanos – Maral: a banda cearense lançou o melhor álbum de 2020 e foi uma bela descoberta. Vá direto em “Vai Saber”, “Fotos”, “Somos tão Fortes” e “O Vento”. Wry – Noites Infinitas: uma das bandas mais legais da cena indie do rock nacional trouxe músicas como “Tumulto Barulho e Confusão”, “Absoluta Incerteza” e “I Can Change”. Mahmundi – Mundo Novo: a banda é Marcela Vale e com uma voz ponderosa traz canções leves como “Sem Medo”, “Vai” e a pérola “Nova TV”. Vivendo do Ócio – Vivendo do Ócio: a banda é uma das melhores do novo BRock, crave em “Ce Pode” com refrão pegajoso, “O Amor Passa no Teste”, “O Agora” e “Muito”. Cícero – Cosmo: a delicadeza das músicas de Cícero embala este novo álbum em canções como: “Falso Azul”. Frejat – Ao Redor do Precipício: é um disco confortável do ex-Barão Vermelho e não espere muitas novidades, mas as boas letras estão em “Te Amei Ali” e “Cartas e Versos”. Balla e os Cristais – Jogo do Bicho: “Andam Dizendo” é um petardo e mostra o bom rock da banda carioca. “Fala, Quer Invadir” e releituras de “Comportamento Geral” de Gonzaguinha e “Zé do Caroço” de Leci Brandão. Vanessa Krongold  – Singular: o pop rock da vocalista da banda Ludov contagia com melodias fáceis e pegajosas, já de cara “À Queima Roupa” mostra isso e  que também pode ser ouvido em “Dois a Dois”, “Paciência” e a melhor “Concreto”. Ira! – Ira: nada mudou no Ira, é o mesmo rock de sempre e mostra que a banda está viva. Um dos dinossauros do rock brasileiro entrega em bom disco em faixas como: “O Amor Também faz Errar”, “Chuto Pedras e Assobio”, “O Homem Cordial Morreu” e “Efeito Dominó”. Fernanda Takai – Será Que Você Vai Acreditar: o pop com pitadas de mpb embala o novo álbum da Fernanda Takai (vocalista do Pato Fu), prova disso é “Não Esqueça”, a suavidade no cover de Michael Jackson “One Day in Your Life” e a divertida “Love Song”. Pedro Bala e os Holofotes – Pedro Bala e os Holofotes: até que enfim uma banda de rock que tem o que falar sem papas na língua. A banda mineira lançou um ótimo álbum, especial atenção para: “Não vá se Ferrar por Aí”, “Bongadance”, “Quebra Amar”e “Coisas”.

Enfim, algumas dicas que você deveria ter ouvido em 2020 e vai se surpreender. Vale a pena garimpar na web.

1clássico: Tempo Perdido – Legião Urbana

O meu primeiro clássico nacional é da banda que eu julgo ser a melhor de todos os tempos: LEGIÃO URBANA. É claro que muitos não concordam, mas o fato é que a Legião mudou o cenário do rock brasileiro: letras poderosas atraiam cada vez mais admiradores e músicas que pareciam não ter apelo radiofônico estouravam em todo o país. E criou-se uma religião em torno da banda e principalmente em Renato Russo. A triste morte de Renato acendeu mais ainda a devoção pela banda e que ainda tem muitos seguidores nos dias de hoje, muitas das músicas e letras são atuais, mesmo que escritas na década de 80. Quem nunca participou de uma festinha ou luau em praia que saca o violão e todos cantam “Pais e Filhos”, “Eduardo e Mônica”, “Faroeste Caboclo”, entre outras?

E é por isso que escrevo que é a melhor banda de rock nacional de todos os tempos e meu primeiro clássico é a música “Tempo Perdido”.

Lançada em 1986, no disco DOIS, traz uma reflexão sobre a passagem do tempo, rápido demais e que muitas vezes desperdiçamos este tempo com bobagens.

“Todos os dias quando acordo / Não tenho mais o tempo que passou / Mas tenho muito tempo: Temos todo o tempo do mundo.”

Não adianta chorar pelo que passou, somos capazes de controlar o nosso tempo e melhorar a cada dia.

1clássico: Radiohead – “Creep”

Taí uma banda que é fácil de falar e com inúmeros hits: a banda britânica Radiohead. Provavelmente muitos vão dizer que outras músicas são clássicas, como: “Karma Police”, “Paranoid Android”, “Fake Plastic Trees”, “Just”, “My Iron Lung”, “No Susprises”, “How to Disappear Completely”, “Kid A”, “Lotus Flower” ou “15 Step”, mas o primeiro álbum da banda Pablo Honey traz a beleza de “Creep”.
Parece até engraçado: a estreia da banda foi em 1985 e apenas em 1992 eles lançaram o single “Creep” sem sucesso e com pouca repercussão no Reino Unido, mas foi somente em 1993 com o lançamento do primeiro álbum que a balada mostrou a força da banda que vinha para ficar. Thom Yorke, líder e compositor, fez uma música extremamente depressiva, mas ao mesmo tempo bela. Por isso “Creep” é um dos meus clássicos da banda.

Longa vida ao Radiohead e as esquisitices e maluquices de Thom York.

Quando você esteve aqui antes / Nem pude te olhar nos olhos / Você é como um anjo / Sua pele me faz chorar” 

“Mas eu sou uma aberração, um esquisito / Que diabos é que eu estou fazendo aqui / Este não é meu lugar”

“Seja lá o que te faz feliz / Seja lá o que você deseje / Você é especial pra caralho / Eu queria ser especial”

1clipe: Vivendo do Ócio – “Cê Pode”

A banda baiana Vivendo do Ócio, uma das melhores da safra do novo rock brasileiro, acaba de lançar o novo álbum com o nome da banda e o clipe da música “Cê Pode”, que foi lançado em 2019 puxa o lançamento depois de 5 anos sem gravações. Confere o som.

De cara já vai o recado e embalado em guitarras certeiras eles avisam:
“Cê pode ser livre” e outro ponto “Quê adianta riqueza e pobreza de alma? / Adianta ter tudo e viver numa jaula? / Cê pode ser livre, seja o que quiser”.

@vivendodoocio #vivendodoocio

 

1clipe: Coldplay- Orphans

E o Coldplay retornou em grande estilo: o novo álbum se chama Everyday Life e será lançado ainda em novembro. Mas já estão rolando três faixas bem promissoras: “Everyday Life”, “Orphans” (com clipe lançado) e “Arabesque”. Mas pode este novo álbum ser o melhor álbum da banda? COM CERTEZA. Escute as faixas lançadas e tire suas conclusões:
“Orphans” é pop rock até o talo, com uh uhs e refrão pegajoso: “ I wanna know when I can go / Back and get drunk with my friends” (Eu quero saber quando eu posso / Voltar e ficar bêbada com meus amigos). A letra conta a história de Rosaleen que morreu cedo por conta de uma chuva de mísseis na sua cidade, mas que parece estar no purgatório e suplicando para voltar e viver ainda mais intensamente a vida com seu pai e amigos. Apesar da letra triste a música é acelerada e já com clipe lançado promete estourar facilmente nas paradas mundiais.
“Everyday Life” é uma balada grandioso ao melhor estilo da banda, piano e violão ditam o ritmo de uma letra que questiona como o mundo está e se nós seremos o futuro ou apenas um ponto na história: “Como no mundo eu vou ver? / Você como meu irmão / Não é meu inimigo?”
“Arabesque” tem versos em francês e é levada com instrumentais de Femi Kuti e sua banda. Não é a obra prima, mas a levada é bem legal e mostra toda a versatilidade do Coldplay.

E o primeiro clipe para curtir é a excelente “Orphans”, começaram muito bem.

 
 

1disco: Humberto Gessinger – Não Vejo a Hora

Depois do bom lançamento do Barão Vermelho, enfim chegou o novo álbum do Humberto Gessinger: Não Vejo a Hora. E olhando o que foi lançado até agora, os melhores albuns nacionais do ano são de bandas e/ou artistas que detonaram nos anos 80: Barão Vermelho (VIVA), Nando Reis (Não sou Nenhum Roberto, Mas as Vezes Chego Perto) e Biquini Cavadão (Ilustre Guerreiro). Mas falando do álbum em questão: o eterno líder e voz dos Engenheiros do Havaii retorna numa ótima performance e com ecos da antiga banda. De cara basta ouvir a primeira faixa “Partiu”, que lembra Ïnfinita Highway”, ou seja, começa muito bem. “Um Dia da Cada Vez” é um pop/rock da melhor fase dos Engenheiros. A primeira balada folk acústica, com violões e acordeons é “Bem a Fim” e com o refrão bacana (A Highway to Hell faz a curva e vai pro céu / Quando a resposta vem, do outro lado, alguém / Dizendo que está tudo bem) coloca a música como uma das melhores do álbum. “Calmo em Estocolmo” é Engenheiros do Havaii até o talo. “Estranho Fetiche” tem a letra mais legal, com referência à Raul Seixas e é bem divertida. E “Missão” pra mim a melhor do álbum, começa lentamente e fica mais rápida e vai oscilando desta maneira até o final.
Enfim, mais um grande lançamento de uma das melhores bandas brasileiras de rock dos anos 80.
Para ver como o rock não morreu mas o atual cenário e bandas surgidas não tem o mesmo peso nem o mesmo valor.