1clássico: 🎸 “Fortunate Son” da banda Creedence Clearwater Revival

Inegável o legado da banda em canções como: “Susie-Q”, “I Put a Spell on You”, “Proud Mary”, “Bad Moon Rising”, “Lodi”, “Green River”, “Commotion”, “Down on the Corner”, “Travelin’ Band”, “Who’ll Stop the Rain”, “Up Around the Bend”, “Run Through the Jungle”, “Lookin’ Out My Back Door”, “Long as I Can See the Light”, “I Heard It Through the Grapevine”, “Have You Ever Seen the Rain?”, “Hey Tonight”, “Sweet Hitch-Hiker”, “Someday Never Comes”, mas hoje o meu clássico desta maravilhoso banda é “Fortunate Son”. Uma canção icônica que continua a ser uma das faixas mais poderosas do rock, desde o seu lançamento em 1969, durante um período de turbulência social e política nos Estados Unidos.

A música capturou perfeitamente o espírito de protesto da época e ecoa até hoje com uma mensagem crítica contundente. A letra, escrita por John Fogerty, é uma crítica franca à desigualdade e à injustiça social. A frase repetida “It ain’t me, it ain’t me, I ain’t no fortunate one” (Não Sou Eu / Não Sou Eu / Eu Não Sou o Afortunado, Não) encapsula a indignação da juventude daquela época diante do recrutamento forçado na Guerra do Vietnã, que parecia afetar desproporcionalmente aqueles sem privilégios ou conexões políticas. Ao pé da letra, a canção denuncia a hipocrisia das autoridades e a forma como os mais pobres e desfavorecidos eram enviados para a linha de frente da guerra, enquanto os filhos de políticos e proprietários de empresas desfrutavam de proteção e benefícios.

Além disso, também critica os políticos que promovem a guerra, já que muitos líderes governamentais eram poupados do recrutamento e, portanto, não enfrentavam as consequências diretas de suas decisões. A letra expressa com raiva e indignação o sentimento de que os ricos e poderosos se beneficiam enquanto a classe trabalhadora sofre.

Musicalmente, a música é cativante desde o início: o riff de guitarra inconfundível de John Fogerty estabelece o tom, enquanto a batida pulsante da bateria e o baixo sólido sustentam a energia da música. A voz rouca e enérgica de Fogerty transmite perfeitamente a raiva e a determinação da mensagem da canção, isso levou a música a permanecer relevante em diferentes contextos históricos. Embora tenha sido escrita em resposta à Guerra do Vietnã, a música serve como um lembrete atemporal de que a arte pode ser uma forma poderosa de protesto e de expressão política, se tornando um hino de protesto contra a injustiça e a desigualdade, permanecendo como um grande clássico do rock mundial,

O Creedence Clearwater Revival continua fazendo história no rock mundial.

1clássico: 🎸 “Don’t Stop Believin” da banda Journey

Com uma mistura envolvente de letras cativantes, melodia contagiante e um poderoso desempenho vocal, a faixa se destaca como uma das mais memoráveis e amadas de todos os tempos. A letra inspiradora, com seu apelo universal para nunca desistir dos sonhos e acreditar em si mesmo, ressoa com pessoas de todas as idades e origens. A voz carismática do cantor Steve Perry transmite emoção e convicção, tornando as palavras ainda mais poderosas e significativas.


“Don’t Stop Believin” tem a capacidade única de evocar uma sensação de otimismo e esperança, independentemente das circunstâncias. É uma música que une as pessoas, seja em estádios lotados ou em pequenas reuniões, tornando-se um verdadeiro hino de comunhão e perseverança: “Não pare de acredita / Se agarre nesse sentimento” / “Trabalhando duro para ser pago / Todos querem uma emoção / Pagando qualquer coisa para tentar a sorte / Só mais uma vez”.

A instrumentação habilidosa e os arranjos cuidadosos da banda complementam perfeitamente o tema da música, construindo gradualmente a energia até um clímax emocionante. A famosa introdução no piano e o solo de guitarra são momentos icônicos que marcam a identidade da canção e contribuem para sua atemporalidade.

Podemos dizer que “Don’t Stop Believin’” é um clássico imortal que continua a encantar gerações após gerações. Sua mensagem inspiradora e execução musical brilhante solidificam seu lugar como uma das canções mais importantes da história do rock mundial.

1clássico: 🎸 “When the Children Cry” da banda White Lion

Um dos grandes sucessos deste movimento e dos anos 80 é da banda White Lion, “When The Children Cry”. Com uma melodia suave e letras poéticas, a canção aborda temas sensíveis como a paz, a compaixão e a proteção das crianças. O vocal emotivo de Mike Tramp e a guitarra melódica de Vito Bratta dão vida a essa balada marcante. No contexto do movimento glam rock, a música se destaca por sua mensagem humanitária e pacifista, em contraste com a imagem extravagante e glamourosa típica do gênero, mostrando que o glam rock não se resumia apenas a aparências e excentricidades, mas também o poder de transmitir mensagens profundas e significativas.

Com sua simplicidade e poder emocional, “When The Children Cry” se tornou um hino atemporal do rock, tocando os corações de gerações de fãs ao redor do mundo. Sua importância no movimento glam rock vai além do estilo visual e sonoro, mostrando que a música pode ser uma ferramenta poderosa para transmitir ideias e valores positivos. O refrão entrega toda a emoção e simplicidade: “Quando as crianças choram / Deixe-as saber que nós tentamos / Porque quando as crianças cantam / O novo mundo começa”.

A banda, com a formação original acabou em 1991, em 1999 retornou apenas com Mike Tramp em nova formação, ja em 2009 lançou o álbum Suicide City, mas sem muito sucesso.

1clássico modelo: 🎸 “O Último Dia” de Paulinho Moska

Música: “O Último Dia”
Álbum: Pensar é Fazer Música
Ano: 1995
Cantor: Paulinho Moska
Origem: Brasil
A música “O Último Dia”, composta por Billy Brandão e Paulinho Moska, está em seu segundo álbum solo de 1995, Pensar é Fazer Música, e este é o meu clássico de hoje. Não por ser uma música originada de um cantor do pop rock, mas por sua letra reflexiva e a ótima versão que foi lançada em 2020.

“O Último Dia” é uma canção marcante que destaca a sensibilidade poética e melodia envolvente criada pela dupla, tornando-se assim um dos grandes sucessos do cantor e conquistando fãs e críticos com sua profundidade emocional. A história por trás da música revela a habilidade de Paulinho Moska em criar letras introspectivas e significativas e já inicia com uma pergunta direta para seu amor: “O que você faria se só te restasse esse dia?”. E isso, de cara, acende uma grande questão que já debatemos diariamente: o que cada um de nós faríamos SE acontecesse algo que fugisse do nosso controle? Tenho certeza que muitos responderiam: “Vou gastar todo meu dinheiro” ou “Vou fazer um monte de dívidas” ou “Vou beber até cair” ou “Vou transar até morrer” 😂

A canção questiona temas como amor, perda e superação, com uma abordagem poética, melodia suave e uma interpretação emotiva do cantor que, com tanta emoção, cria uma grande conexão íntima com o público e deixa todos pensativos: “Ia manter sua agenda / De almoço, hora, apatia / Ou esperar os seus amigos / Na sua sala vazia”. E estas questões levantadas tornou a música um pequeno hino para aqueles que buscam conforto e reflexão em meio às adversidades da vida. A música transcende gerações, tocando os corações dos ouvintes com sua sinceridade e beleza, continuando a impactar o cenário nacional tanto que Ney Matogrosso regravou em 1998. Mas uma das ótimas versões, pra mim a melhor, é do músico brasiliense GAÊ em 2020.

Não importa o interprete, Paulinho Moska, Ney Matogrosso ou GAÊ, eles fizeram grandes versões de uma música atemporal que vai perdurar por muito tempo. Confere aí!

1clássico: 🎸 “Hurt” de Johnny Cash

O que muitos não sabem é que a música original é de Trent Reznor, líder da banda Nine Inch Nils e foi escrita e gravada pela banda no álbum The Downward Spiral (1994). A balada inicia lenta, cantada quase sussurrada e explode em momentos cruciais com guitarras atmosféricas no melhor estilo da banda. No início a música é angustiante e no primeiro verso já percebe-se isso: “I hurt myself today” (“Eu me feri hoje”). A versão original é boa, mas Johnny Cash fez uma versão implacável e destruidora, é uma interpretação visceral e emocionante que reflete a jornada emocional e espiritual do cantor.

A voz rouca e marcante de Johnny Cash, combinada com a melodia minimalista e sombria, cria um ambiente de melancolia e introspecção. A letra da música aborda temas como arrependimento, solidão e o peso do tempo, tocando em questões universais da condição humana.

A importância de “Hurt” na vida de Johnny Cash é profunda e significativa, pois foi lançada no final da carreira do cantor. A música ressoa como um testemunho da sua própria experiência de vida, marcada por altos e baixos, lutas pessoais e redenção. A interpretação de Cash em “Hurt” revela a sua vulnerabilidade, angústia e honestidade, mostrando um lado mais íntimo e pessoal do artista. Além disso, o videoclipe de “Hurt”, dirigido por Mark Romanek, acrescenta outra camada de significado à música: o vídeo apresenta imagens da vida de Johnny Cash, incluindo momentos de glória e fragilidade, criando uma narrativa visual poderosa que complementa a intensidade emocional da canção.

No contexto da música popular, “Hurt” de Johnny Cash se destaca como uma obra-prima que transcende gêneros e gerações, sua importância vai além do sucesso comercial, sendo reconhecida como uma das interpretações mais emocionantes e autênticas da música contemporânea.

A música e a interpretação de Cash continuam a emocionar e inspirar ouvintes em todo o mundo, deixando um legado duradouro na história da música.

1clássico: 🎶 “Living Next Door to Alice” da banda Smokie

Álbum: Midnight Café / Ano Lançamento: 1976 / País: Inglaterra

Eu acho que de todos os clássicos que eu vou falar este será um dos post mais curtos e por dois motivos: não foi uma banda que eu ouvi muito e porque não tem uma carreira tão significativa no cenário rock mundial. O que você precisa saber sobre este pequeno clássico “perdido”:

Smokie é uma banda de rock britânica, criada em 1974 na cidade de Bretford (Inglaterra), que se tornou popular na Europa na década de 1970 e que ainda permanece ativa atualmente. Passou por várias formações e o sucesso que a banda alcançou foi mais expressivo na Inglaterra e Europa, com vários sucessos como: “If You Think You Know How to Love Me”, “Oh Carol”, “Lay Back in the Arms of Someone” e “I’ll Meet You at Midnight”. 🤘

Mas o maior clássico da banda é ”Living Next Door to Alice”, gravado no álbum Midnight Cafe, de 1976, onde transforma uma desilusão amorosa em uma bela declaração de amor: “Eu não sei porque ela está saindo, ou para onde ela vai / Eu acho que ela tem suas razões, mas eu só não quero saber / Porque há vinte e quatro anos eu tenho morado ao lado de Alice / Vinte e quatro anos, apenas esperando por uma chance / Para lhe dizer como estou me sentindo, e talvez ela voltasse a me olhar / Agora eu tenho que me acostumar a não viver do lado de Alice”.  

1clássico: “Hey Amigo” da banda O Terço

Álbum: Criaturas da Noite / Ano Lançamento: 1975 / País: Brasil

É bem difícil indicar clássicos do rock brasileiro antes dos anos 80, por um fato muito simples: comparado com o rock gringo está muito distante, mesmo assim apareceram muitas bandas legais com boas guitarras e até com um novo estilo definido como rock rural, ouvindo hoje isso não soa muito estranho mas sim revolucionário. Seguindo este estilo, uma das minhas bandas preferidas é a carioca O TERÇO e o clássico consagrada é “Hey Amigo”, um pequeno petardo que continuo ouvindo ainda hoje.

A banda era formada por Sérgio Hynds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria) e Flávio Venturini (telados), mas todos exerciam a função de vocalistas. O principal LP lançado por eles foi em 1975, “Criaturas da Noite”, terceiro disco da banda, e é nele que traz o clássico “Hey Amigo”. O álbum trazia hard rock, folk e rock progressivo. Com introdução de baixo e riffs poderosos de guitarras explodem numa letra que transmite energia e vibração positiva através de sua fusão de rock progressivo com elementos da música brasileira. A combinação dos instrumentos e a voz dos vocalistas se destacavam por serem tão diferentes, proporcionando uma experiência musical cativante.

No entanto, alguns podem argumentar que a estrutura da música é um tanto repetitiva, o que pode levar a uma sensação de monotonia ao longo do tempo. Apesar disso, a música ainda possui méritos ao retratar a criatividade e a inovação que marcaram a cena musical brasileira nos anos 70. Uma letra, digamos, infantil: “Hey amigo / Cante a canção comigo! / Nesse rock / Estamos todos juntos! / Nesse rock estamos perto de ser / A unidade final!”.

No decorrer das décadas, a música foi regravada muitas vezes, inclusive pela própria banda, com algumas versões piores do que a versão original.

1clássico: “Sabbath Bloody Sabbath” da banda Black Sabbath

Álbum: Sabbath Bloody Sabbath / Ano Lançamento: 1973 / País: Inglaterra

Falar do Black Sabbath é fácil, difícil foi definir sobre qual o clássico que eu iria escrever, pois os petardos vem desde o início (1968) da banda britânica de heavy metal nascida em Birmingham. O Black Sabbath foi (e ainda continua sendo) uma das maiores bandas de rock do mundo e a fase com o vocalista Ozzy Osbourne, junto com Geezer Butler, Tony Iommi e Bill Ward trouxe os maiores sucessos. Eu estava em dúvida sobre qual música escrever, entre “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs“, “Hole in the Sky”, “Who Are You?”, “The Wizard”, “Die Young”, “Headless Cross” ou “Changes”, lembrei de “Sabbath Bloody Sabbath” que está no quinto álbum da banda lançado em 1973, Sabbath Bloody Sabbath.

Por isso, o meu primeiro clássico da banda Black Sabbath é “Sabbath Bloody Sabbath” e vou te contar o porque agora.

Os ótimos riffs de guitarra da música, a introdução atmosférica e misteriosa imediatamente prende a atenção do ouvinte, preparando o terreno para o icônico riff de guitarra que se segue. A voz distintiva de Ozzy Osbourne é uma camada adicional de intensidade à faixa.

A letra da música é bem legal e com versos reflexivos: “Você tem visto a vida por uma mente distorcida / Você sabe que tem que conhecer / Como funciona a sua mente” em outro momento “As pessoas que te prejudicaram / Você quer que elas se danem / As portas da vida se fecharam pra você / E não há mais volta”…”Para onde você vai correr? / O que mais você pode fazer? / Não haverá mais futuro / A vida está acabando com você”. Um refrão poderoso: “Ninguém nunca lhe dirá / Quando você quiser saber os motivos / Eles apenas dizem que você agora está só / Enchendo a sua cabeça de mentiras”.

Além de tudo isso, cabe ressaltar que “Sabbath Bloody Sabbath” é uma peça inegável da história musical, capturando a essência da influência que o Black Sabbath teve no desenvolvimento do heavy metal, definindo alguns padrões para futuras gerações. A música continua sendo uma escolha popular para os amantes do gênero, testemunhando a habilidade duradoura da banda em criar composições que ressoam no âmago dos fãs do rock. Um clássico essencial para velhos e novos amantes do rock.

1clássico: 🎶 “Balada do Louco” da banda Os Mutantes

Álbum: Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets / Ano Lançamento: 1972 / País: Brasil

A música “Balada do Louco” (lançada em 1972) da banda brasileira Os Mutantes é um clássico do rock nacional que está presente no álbum “Mutantes e seus Cometas no País do Baurets” e apresenta uma combinação de psicodelia, rock e elementos folclóricos, a música cativa os ouvintes com suas letras poéticas e atmosfera envolvente. No entanto, alguns podem argumentar que a produção musical é datada, refletindo a época em que foi lançada. Apesar disso, seu legado e influência na cena musical brasileira continuam inegáveis, tornando-a uma peça essencial para quem aprecia a riqueza da música brasileira.No entanto, mesmo reconhecendo suas qualidades, a falta de linearidade da música é algo que chama atenção, visto que a canção não segue uma estrutura musical convencional, com uma introdução, refrão e verso definidos e isso pode dificultar a assimilação da letra. 

Além disso, a escolha de linguagem metafórica na canção pode tornar seu significado ambíguo e difícil de ser compreendido numa primeira audição. Embora letras enigmáticas possam ser interessantes para alguns ouvintes, elas também podem afastar aqueles que buscam uma conexão mais direta e imediata com a música. “Dizem que sou louco por pensar assim / Se eu sou muito louco por eu ser feliz / Mas louco é quem me diz / E não é feliz, não é feliz”.

Outro ponto a ser considerado é que, apesar de trazer elementos inovadores para o cenário do rock brasileiro da época, a sonoridade da música pode parecer datada para os ouvintes contemporâneos. No entanto, é importante reconhecer o impacto cultural e inovação que a banda trouxe nesta música e foi um marco importante na cena musical brasileira, influenciando muitos outros artistas. Com tudo isso, a música ainda é digna de apreciação e reconhecimento pela sua originalidade e virou um clássico do rock nacional. “Eu juro que é melhor / Não ser o normal / Se eu posso pensar que Deus sou eu / Sim sou muito louco, não vou me curar / Já não sou o único que encontrou a paz”.

Ney Matogrosso, Rita Lee, Tianastacia e até KLB regravaram a música, mas a versão que mais me encanta é da banda pesada Manuche, confere aí como um clássico ainda pode ser “desconstruído” sem perder a magia. Sobre a banda Manuche: fundada em março de 2012 por Tom Gil e Feeu Moucachen faz um blues rock nacional. Ambos atuantes na cena musical de São Paulo com projetos independentes desde o inicio dos anos 2000, resolveram unir forças para produzir um som autoral autêntico que traz desde influências do blues elétrico das décadas de 50 e 60 ao tradicional rock’n’roll ainda entoado pelos Rolling Stones e AC/DC. 

Manuche “destrói” clássico da banda Os Mutantes e cria a melhor versão da música “Balada do Louco”

1clássico: Titãs – “Homem Primata”

segunda melhor banda do rock nacional de todos os tempos, lançou o excelente melhor álbum de rock nacional de todos os tempos – Cabeça Dinossauro – em 1986 e o meu clássico é a música “Homem Primata”. A banda lançou o primeiro álbum em 84 (Titãs) e o segundo em 85 (Televisão) com pouco sucesso, mas músicas bem legais como: “Sonífera Ilha”,  “Go Back”, “Marvin”, “insensível”, “Televisão” e “Não Vou me Adaptar”, mas foi em 1986 com o lançamento de Cabeça Dinossauro que a banda foi alavancada ao sucesso sem precedentes. Com oito integrantes, a banda tinha um amplo repertório e boas composições criadas por todos os integrantes e isso foi derramado neste álbum: Paulo Miklos, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Branco Mello, Tony Bellotto, Marcelo Fromer, Sérgio Brito e Charles Gavin, todos tiveram parte nas composições do álbum. Essa interação e a fúria colocada em algumas canções, elevou o nível da banda que emplacou vários hits do álbum, como: “Polícia”, “AA UU”, “Igreja”, Tô Cansado”, “Bichos Escrotos”, “Família” e “O Quê”. Cantada por Sérgio Brito, “Homem Primata” fala da relação do homem com o trabalho e que independente da época (dos primórdios até a atualidade) fazemos a mesma coisa: trabalho como uma necessidade para sobreviver, criando e destruindo com a mesma facilidade, nas florestas e nas grandes cidades. Uma música atemporal que demonstra, ainda nos dias de hoje, a necessidade de conscientização humana, com versos como: “Desde os primórdios / Até hoje em dia / O homem ainda faz /  O que o macaco fazia / Eu não trabalhava / Eu não sabia / Que o homem criava / E também destruía” ou “Eu aprendi / A vida é um jogo / Cada um por si /
E Deus contra todos / Você vai morrer / E não vai pro céu / É bom aprender / A vida é cruel”.
 E com o refrão pegajoso: “Ô-ô-ô / Homem primata / Capitalismo selvagem”.

Enfim, um grande clássico de uma das melhores bandas do rock nacional.