Crítica: 🎞️ “Besouro Azul” surpreende, mas não tira a DC do “buraco” de filmes ruins

Algumas vezes você vai a uma estreia sem grandes expectativas e isso pode pode ser saudável: como não gerou expectativa, o que vier é lucro. Pensando por este prisma, o novo filme da DC, Besouro Azul, é uma grata surpresa. E tem alguns acertos que James Gunn (o novo bam bam bam da DC) pode observar para as próximas produções. 

O elenco, tirando Susan Sarandon, não é multi estrelado, mas não decepciona e entrega o que foi prometido: Xolo Maridueña, mexicano e personagem principal, nãocai na mesmice de outros heróis que querem surfar na onda das gracinhas de Deadpool entregando um personagem carismático. Bruna Marquezine, achei que seria apenas uma figurante, mas segura bem as pontas e sai por cima com uma boa atuação na sua estreia em uma grande produção. Em contrapartida as melhores atuações são do tio Rudy (George Lopez) e a surpreendente avó Nana (Adriana Barraza), que são de onde vem as cenas mais engraçadas e seguram bem as piadas e trejeitos.

O diretor Angel Manuel Soto entrega um Besouro Azul com elementos futuristas mesclado com a  cultura latina e não se sai mal, mesmo assim senti falta de mais cenas de ação e pancadaria. O roteiro também é interessante e Gareth Dunnet-Alcocer (só conheci ele por conta do filme Miss Bala) explora bem as referências latinas e todo o drama da Família Reyes. Em resumo, muitos vão dizer que é o mesmo filme de heróis de sempre e vão gerar comparações com “Shazam!” e “The Flash”, mas esqueça isso, pois “Besouro Azul” é muito melhor, mas não apaga as últimas más produções da DC.