
Inspirada no livro de Javier Castillo, La Chica de Nieve, esta série de suspense psicológico é extremamente eficiente e cheia de surpresas. Estagiária de jornalismo do principal jornal de Málaga e sobrevivente de um estupro, Miren Rojo (Milena Smit), se envolve na investigação do sumiço da garota Amaya Nuñez, de seis anos, que desapareceu durante uma das festas mais importantes de Málaga. Após 6 anos e nada descoberto, eis que Miren recebe na redação do Jornal um pacote com uma fita sugerindo que Amaya ainda está viva.
E então a história toma forma e as idas e vindas cronológicas ajudam a explicar os fatos. O quinto epsódio inicia mostrando os raptores e esclarecendo toda a situação, mas apesar do suspense todo ser intrigante a série derrapa em não esclarecer alguns assuntos que poderiam ser melhores explorados: a incompetência da polícia, pois é Miren quem descobre e soluciona todo o mistério, o estupro de Miren em que ninguém fala mais nada, o divórcio dos pais de Amaya que não é mostrado o que aconteceu e como chegaram a isso e a investigação que vem a tona sobre um grupo de abusadores (que pode ou não estar ligado ao estupro de Miren) que há tempos já está em ação na região.
Olhando tudo que a série poderia entregar fica um gostinho de “quero mais”: tem um final muito bom para Amaya/Julia mas as outras questões podem ficar sem solução, pois ainda não houve a confirmação de uma segunda temporada. O ano começa com uma boa série e que está virando hit na Netflix. 8

